Banca de DEFESA: ADRIANA SZILAGYI LEÃO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ADRIANA SZILAGYI LEÃO
DATA: 19/02/2016
HORA: 09:30
LOCAL: AUDITÓRIO D - CCHLA
TÍTULO:

“COMO VAI SER O TÍTULO?”: A CONSTRUÇÃO DO “TÍTULO” DE TEXTOS POR ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCRITURA EM ATO


PALAVRAS-CHAVES:

Dialogismo. Processos de titulação. Escritura em ato.


PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Lingüística Aplicada
RESUMO:

Este trabalho analisa a construção do título de um texto por uma dupla de alunos do terceiro ano do ensino fundamental. Nesse sentido, consideramos o processo de “escritura em ato” (CALIL, 2008, 2013), preservando a cena enunciativa através da qual se visibilizam as negociações entre os escreventes e as tomadas de decisão responsáveis pela escolha do título do texto que estão escrevendo.  O produto gerado pela díade é singular na sua composição, haja vista que segue determinadas instâncias que vão desde a combinação oral do que vão escrever até à escrita do produto final – considerando aqui a segunda versão escrita, nomeada, geralmente, de “reescritura”.  O ato de intitular o texto seguiu, por assim dizer, três percursos. Ainda que interligados entre si, eles são enviados aos limites de diferentes atividades linguageiras, sejam elas: oralidade; oralidade-escritura; oralidade-escritura-escritura. Reconhecemos que a natureza processual característica da geração dos dados que analisamos foi preponderante na mobilização destas atividades, pois o título do texto negociado entre os alunos reflete três instâncias específicas: 1.  a combinação do texto; 2. a escrita da primeira versão do texto; 3. a reescrita do texto (o produto final, a segunda versão). Se, por um lado, observamos, em nossa pesquisa, que o título, embora significativamente negociado, mais do que o que viria após ele (o texto), parece ser tomado, pelos escreventes, como um elemento puramente “paratextual”, por outro lado, no processo de negociação oral ou escrita, o título mobilizou as mesmas atividades metalinguísticas e metadiscursivas (AUTHIER-REVUZ, 1990, 1998)  – marcadas por retornos feitos pelos sujeitos sobre as palavras e sobre dizeres, responsáveis pelo que poderia ou não compor esta unidade textual (o título) – visibilizadas no “corpo do texto”.   O processo escritural analisado foi registrado através de filmagem (câmera e áudio). Há, no registro da escritura em ato, um fenômeno que não podemos acessar diretamente quando nos concentramos apenas mediante o texto escrito final: a menção ou os dizeres que colocam em cena a eleição do uso das palavras, os saberes sobre o gênero textual, sobre a sintaxe e sobre o sistema ortográfico que os alunos recebem da escola (CALIL, 2013). Através da construção dialógica, estas atividades, no tempo real da enunciação, são observadas de modo exponenciado, e muitas delas, na estaticidade da produção final, restam como efeitos invisíveis (CALIL, 2008). 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2226795 - MARIA HOZANETE ALVES DE LIMA
Interno - 2087054 - GLICIA MARILI AZEVEDO DE MEDEIROS TINOCO
Externo à Instituição - EDUARDO CALIL DE OLIVEIRA - UFAL
Notícia cadastrada em: 12/02/2016 14:54
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