Banca de QUALIFICAÇÃO: MUNIQUE THERENSE COSTA DE MORAIS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: MUNIQUE THERENSE COSTA DE MORAIS

DATA: 19/08/2010

HORA: 10:00

LOCAL: Auditorio de Filosofia

TÍTULO:

OS SIGNIFICADOS DE LUDOTERAPIA PARA CRIANÇAS EM ATENDIMENTO: UMA COMPREENSÃO FENOMENOLÓGICA


PALAVRAS-CHAVES:

psicoterapia; infância; humanista-existencial; fenomenologia.


PÁGINAS: 89

GRANDE ÁREA: Ciências Humanas

ÁREA: Psicologia

RESUMO:

A Ludoterapia, numa perspectiva fenomenológico-existencial, é concebida como um processo psicoterapêutico em que a escuta e a fala, mediadas pelo brincar, possibilitam à criança lidar com o seu sofrimento. Considerando a crescente demanda por este tipo de intervenção, torna-se relevante empreender pesquisas que legitimem tal prática clínica e forneçam subsídios a avanços neste campo. Embora o surgimento da Ludoterapia tenha sido acompanhado por investigações acerca da prática, tal procedimento não se manteve, sendo escassas as pesquisas já publicadas sobre a temática, e a produção de referência ainda restrita a trabalhos originais que remontam à década de 50 do século passado. Este estudo, portanto, surge diante da necessidade de ampliar a compreensão acerca desta modalidade de intervenção clínica, e para tal focaliza o discurso dos protagonistas do processo – crianças em terapia. Objetiva-se compreender a Ludoterapia a partir da perspectiva da criança, conhecendo os significados por ela atribuídos ao processo terapêutico, o que inclui as percepções acerca do seu papel e da participação do psicoterapeuta neste contexto. As principais ideias que fundamentam a pesquisa em curso são apresentadas em três capítulos teóricos que abordam, respectivamente, o sofrimento infantil; a psicologia clínica fenomenológico-existencial; e a psicoterapia para crianças no Brasil nesta abordagem teórico-metodológica. O primeiro capítulo retrata a percepção do sofrimento infantil ao longo dos séculos e o tipo de atendimento destinado às crianças, enfatizando o surgimento de uma demanda por psicoterapia infantil. No segundo capítulo há uma explanação dos principais conceitos que fundamentam as psicoterapias humanista, existencial e fenomenológica, bem como uma discussão sobre as dificuldades encontradas no cenário brasileiro para se consolidar a psicoterapia fenomenológico-existencial. Por fim, apresenta-se uma análise das obras brasileiras sobre a clínica com crianças em uma perspectiva fenomenológico-existencial. O estudo é qualitativo, de base fenomenológica, com a participação de sete crianças na faixa etária entre seis e onze anos, em atendimento ludoterápico há, no mínimo, seis meses, indicadas pelos próprios terapeutas. Na construção do corpus da pesquisa propõe-se, com cada participante, a realização de três sessões de entrevista com auxílio de suportes expressivos. O primeiro momento tem por objetivo apresentar a pesquisa e os instrumentos utilizados, bem como estabelecer o rapport com a criança; para tal, utiliza-se como mediador uma caixa lúdica (contendo papel ofício, lápis de cor, cola, massa de modelar, etc.). No encontro seguinte realiza-se uma entrevista semi-estruturada, com questões voltadas para a experiência da ludoterapia. Além disso, utiliza-se uma “Mala de Figuras”, solicitando à criança que recorte cenas de revistas em quadrinhos que contenham sentimentos e/ou pensamentos que estejam relacionadas ao psicólogo, justificando suas escolhas. No último encontro, uma história incompleta sobre a ida de um menino ao psicólogo é lida pela pesquisadora e completada pelo participante e, por fim, solicita-se a elaboração de um recado para outras crianças que ainda não foram ao psicólogo. Até o presente momento foram finalizados os procedimentos com cinco crianças. A análise dos dados pauta-se no método fenomenológico de Giorgi, que consta na construção do corpus da pesquisa através de entrevistas, depoimentos e narrativas; na transcrição literal das falas, seguida na leitura repetida das narrativas e elaboração das Unidades de Sentido (junção de compreensões similares dos discursos dos participantes, que indicam pontos comuns na experiência da temática em questão); na conversão da linguagem do sujeito em linguagem científica; e por fim na síntese das unidades de significado.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANNA CAROLINA LOBIANCO - UFRJ
Externo à Instituição - GARDENIA ABBAD DA SILVA - UnB
Presidente - 6350812 - SYMONE FERNANDES DE MELO
Notícia cadastrada em: 19/10/2010 11:29
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