Banca de DEFESA: MELINA SEFORA SOUZA REBOUCAS

Uma banca de DEFESA foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: MELINA SEFORA SOUZA REBOUCAS

DATA: 20/08/2010

HORA: 09:30

LOCAL: LAB DE PSICOLOGIA

TÍTULO:

O aborto provocado como uma possibilidade na existência da mulher: Reflexões Fenomenológico-Existenciais.


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-Chave: Aborto Provocado; Mulher; Maternidade; Saúde Pública; Hermenêutica Fenomenológica.


PÁGINAS: 174

GRANDE ÁREA: Ciências Humanas

ÁREA: Psicologia

RESUMO:

O aborto provocado é um tema bastante polêmico e estigmatizado, sendo alvo de muitas críticas e discussões, principalmente no que se refere aos aspectos legais, bioéticos e religiosos envolvidos. No Brasil, o aborto é considerado um grave problema de saúde pública, sendo um dos maiores causadores de morte materna devido à sua criminalização. A mulher que provoca um aborto não é bem vista pela sociedade, uma vez que a maternidade, cultural e historicamente, lhe foi imposta como destino. O nosso principal objetivo é compreender, a partir da perspectiva fenomenológico-existencial, a experiência singular dessa mulher que provocou o aborto. O presente estudo é um desdobramento de uma pesquisa mais ampla da USP em parceria com a UFRN. As nossas participantes foram mulheres que deram entrada em uma maternidade da cidade de Natal com diagnóstico de abortamento e, dentre estas, as que relataram ter provocado o aborto. Ao todo, cinco mulheres foram entrevistadas. O método utilizado foi a hermenêutica fenomenológica. A pesquisa revelou que a experiência do aborto é uma possibilidade que permeia a existência da mulher, se configurando como uma escolha. Escolha essa perpassada por muito sofrimento, na medida em que vai contra tudo o que a mulher é ensinada e destinada a ser. O sentimento que mais vem à tona nessa experiência, confirmando a revisão de literatura, é a culpa. O aborto também se mostrou como uma experiência de desamparo e solidão, devido à falta de apoio da família e do parceiro. Também foi revelado que o aborto se deu, em grande parte, pelo desejo de dar continuidade aos projetos futuros, incluindo aí o exercício da maternidade dentro do que consideram ideal para a chegada de um filho, isto é, a constituição de uma família alicerçada num relacionamento estável. No que refere ao atendimento prestado pelos profissionais de saúde a essas mulheres, revela-se a necessidade de uma reestruturação da lógica de funcionamento do SUS para que estas tenham direito a saúde de forma integral. Essa experiência também fez as mulheres reverem os significados que tinham em relação ao aborto, bem como os seus projetos de vida.

 

 

 



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 347529 - ELZA MARIA DO SOCORRO DUTRA
Externo ao Programa - 1348383 - GEORGE DANTAS DE AZEVEDO
Externo à Instituição - ROBERTO NOVAES DE SA - UFF
Notícia cadastrada em: 22/07/2010 14:42
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