Banca de DEFESA: RAFAEL SILVA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAFAEL SILVA DOS SANTOS
DATA : 08/11/2022
HORA: 15:00
LOCAL: UFRN Labpsi sala 622 - defesa híbrida https://meet.google.com/xtv-syhn-zuz
TÍTULO:

A JUVENTUDE QUE OUSA LUTAR: OS SENTIDOS SUBJETIVOS DA
PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DE JOVENS NO COLETIVO NACIONAL DE JUVENTUDE


PALAVRAS-CHAVES:

Psicologia e contextos rurais; subjetividade; juventude rural; Coletivo Nacional
de Juventude do MST; participação política.


PÁGINAS: 137
RESUMO:

A juventude do MST passou a construir instância organizativa em 2005 com a criação do Coletivo Nacional de
Juventude através das marchas, encontros e seminários onde a participação de jovens era massiva. O coletivo
foi constituído através dos movimentos sociais e sindicais rurais brasileiros e internacionais organizados na Via
Campesina. Os contextos rurais constituem subjetividades expressas nas bandeiras de luta do movimento,
explicitadas nas palavras de ordem “Juventude que ousa lutar, constrói o poder popular”. Objetivamos analisar
os sentidos subjetivos da participação política de jovens atuantes no Coletivo Nacional de Juventude do MST,
especificamente: a) identificar os efeitos da participação política no cotidiano da juventude do coletivo; b)
compreender os sentidos subjetivos que jovens do Coletivo Nacional de Juventude atribuem à sua participação
política; e c) descrever as estratégias de enfrentamento empregadas em cada espaço de atuação da juventude
frente aos desafios presentes em seus contextos socioculturais. Buscamos traçar um percurso metodológico
ancorado na abordagem histórico-cultural em interface com a Teoria da Subjetividade de inspiração
construtivo-interpretativa e a Pesquisa Militante. Participaram da pesquisa três jovens com idade de 21, 23 e 27
anos, sendo dois homens e uma mulher, todos negros e indicadas/os por dirigentes nacionais do coletivo.
Como instrumentos utilizamos um formulário sociodemográfico e a técnica Fotovoz, utilizada como recurso
autofotográfico na qual a/o participante observou sua realidade, a interpretou e articulou em forma de fotografia
como resposta a três perguntas geradoras: O que me levou a lutar? Quais desafios enfrento no meu cotidiano?
Como é ser jovem de luta no MST? Após o envio das fotos foram marcadas reuniões individuais para a
realização de conversas para explicação das interpretações pessoais sobre cada fotografia, resultando em um
procedimento dialógico aberto que proporcionou uma conversação híbrida, partindo de novas indagações que
emergiam no diálogo e também de um guia semiestruturado de perguntas auxiliares. Foi realizada uma análise
categorial, para identificar a relevância dos acontecimentos relatados para os processos subjetivos da/dos
participantes e os objetivos do estudo. As/Os jovens sentem que a participação política não se dissocia da
noção que têm de si mesmas/os, se constituem subjetivamente como jovens militantes, agregando os
princípios e valores construídos pelo movimento que compõem seus sentidos subjetivos. A mudança para os
acampamentos com as famílias, participação em encontros dos Sem Terrinha, marchas, reuniões e o contato
com outras pessoas na mesma situação foram cruciais para o desenvolvimento de suas subjetividades. O
cotidiano da juventude é atrelado às dinâmicas da militância, do trabalho rural, universidade e formações
promovidas pelo movimento. Apresentam desafios e contradições internas, como a dificuldade de mobilizar a
categoria e o êxodo rural. Ao mesmo tempo consideram que a amizade e vínculos afetivos podem ser potentes
para o trabalho de mobilização da juventude. A construção de sentidos subjetivos sobre ser jovem Sem Terra
está voltada a prática das tarefas do coletivo e do movimento como um todo, demonstrando que ser é fazer. É
perceptível um sentimento de “dívida” com as gerações anteriores, no que tange a dar continuidade às suas
lutas. Ao mesmo tempo, os jovens constroem novos caminhos para o movimento a partir de uma participação
política ativa nas diversas instâncias organizativas. Acreditam que a participação política no Coletivo Nacional
de Juventude pode favorecer o desenvolvimento pessoal e ser compreendido como um ciclo formativo que
influencia as trajetórias de vida da/dos seus militantes por proporcionar vivências em diversos espaço de
atuação política do MST.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1744558 - JADER FERREIRA LEITE
Externo à Instituição - LEANDRO AMORIM ROSA
Externa à Instituição - MARIA LAIS DOS SANTOS LEITE
Notícia cadastrada em: 21/10/2022 13:33
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa05-producao.info.ufrn.br.sigaa05-producao