Banca de DEFESA: DEBORA CRISTINA GUERRA DE ARAUJO VALE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DEBORA CRISTINA GUERRA DE ARAUJO VALE
DATA : 26/08/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Laboratório de Psicologia
TÍTULO:

Experiência de ser criança com TDAH: Compreensão hermenêutica-heideggeriana


PALAVRAS-CHAVES:

TDAH; infância; atenção; fenomenologia;


PÁGINAS: 155
RESUMO:

A temática da criança desatenta surgiu desde o século XX, e, embora não se tenha descoberto uma causa biológica, elas ainda são diagnosticadas como um déficit por não corresponderem a determinado modelo de desempenho escolar, e os cuidados dispensados objetivam curar ou melhorar o TDAH. Entretanto, confortando tal entendimento, a fenomenologia desponta como outra possibilidade de compreender o que seria atenção. Este conceito seria, na ótica heideggeriana, um modo do Dasein de estar na verdade, uma temporalidade existencial do ser-aí, enquanto possibilidades de habitar seu horizonte histórico. Assim, demorar-se-ia de maneira própria ou imprópria, atento ou disperso de si mesmo. Como é a experiência de viver como criança a partir de um lugar que fora determinado pelo diagnóstico? Se a atenção é um aspecto global do TDAH, como elas se percebem enquanto cobradas por algo que as “falta”? Para aproximarmo-nos a experiência do vivido, estruturamos nossa pesquisa em quatro encontros: dois encontros com os participantes e dois com seus pais. Utilizamos o método fenomenológico, inspirado na hermenêutica heideggeriana, e abordamos os participantes através da hora do jogo lúdica com o recurso expressivo da caixa de areia. O brincar é prerrogativa do Dasein enquanto criança, e como convite da hora do jogo, utilizamos a caixa de areia a partir de uma leitura fenomenológica. Este caminho fomentou os diálogos acerca de seu diagnóstico, com criação de cenários e expressão de seu ser criança com TDAH. Quanto à interpretação, ela foi feita pelo transcrito no diário de afetações, e para interpretá-lo nos inspiramos noo círculo heideggeriano, o qual desvela o modo como somos compreensão, e que, para a pesquisa foi adaptado porpor Azevedo (2013), Maux (2014). Assim, participaram deste estudo, duas crianças de 7 e 9 anos diagnosticadas e em tratamento para o TDAH, cujos mundos aparecem por via da interdição e brincadeiras com regras excessivas por parte de seus cuidadores. Os seus projetos de vida atravessam-se pelo entendimento de seus cuidadores de forma substitutiva e impessoal. Compreendeu-se que suas existências desvelaram-se a partir de um ser-criança-com-TDAH-em-tratamento. Pensamos que, enquanto o sentido de ser for meramente dado, o desatino dos sofrimentos psíquicos nessas crianças serão representações biologizantes, esquecendo-se do fenômeno originário do sentido do ser-aí do Dasein nestas crianças.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1879584 - ANA KARINA SILVA AZEVEDO
Externa ao Programa - 6350812 - SYMONE FERNANDES DE MELO - UFRNExterna à Instituição - ANA MARIA MONTE COELHO FROTA - UFC
Notícia cadastrada em: 15/08/2022 15:48
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