Banca de DEFESA: LAURA CAROLINA LEMOS ARAGÃO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LAURA CAROLINA LEMOS ARAGÃO
DATA : 06/12/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

A influência de fatores socioculturais e clínicos sobre o perfil cognitivo de crianças e adolescentes sobreviventes de tumores de fossa posterior


PALAVRAS-CHAVES:

tumores de sistema nervoso central; meduloblastoma; neuropsicologia; nível socioeconômico; escolaridade materna.



PÁGINAS: 86
RESUMO:

Os tumores de Sistema Nervoso Central são as neoplasias sólidas pediátricas mais comuns. A fossa posterior, notadamente o cerebelo, constitui a região de maior incidência, onde são mais frequentes os meduloblastomas e os astrocitomas pilocíticos. Meduloblastomas são tratados com neurocirurgia (NC), quimioterapia sistêmica (QT) e radioterapia crânio-espinal (RTX), enquanto os astrocitomas, em sua maioria, exigem exclusivamente NC. O alcance da sobrevida é obtido mediante sequelas sobre o desenvolvimento dos sobreviventes, associadas especialmente à neurotoxicidade do tratamento antineoplásico, ao qual são atribuídos danos à integridade da substância branca (SB). Distintos fatores se somam a este complexo mosaico, com destaque para os aspectos socioculturais, que de forma independente ou sobreposta, estruturam dialeticamente os processos de desenvolvimento. O presente trabalho teve como objetivo investigar a influência de aspectos socioculturais e clínicos sobre o perfil cognitivo de crianças e adolescentes sobreviventes de Tumores de Fossa Posterior (TFP). A pesquisa foi subdividida em três estudos: 1) Influência da escolaridade materna sobre a capacidade intelectual em pacientes pediátricos sobreviventes de TFP; 2) Investigação da memória em pacientes pediátricos sobreviventes de TFP; 3) Lesões encefálicas na infância: Estudo de caso de tumor maligno na fossa posterior. 37 sujeitos entre seis e 16 anos compuseram o grupo clínico e 25 sujeitos, o grupo controle, pareados 1:1 segundo sexo, idade, tipo de escola e nível socioeconômico dos participantes do estudo 2. Foi realizada avaliação neuropsicológica com os participantes e os dados foram analisados através de ferramentas estatísticas descritivas e inferenciais. No estudo 1, verificou-se que o tipo de tratamento influenciou significativamente funções cognitivas não verbais da capacidade intelectual, ao passo que a variável escolaridade materna foi responsável por impactos em dimensões verbais. No estudo 2, verificou-se que o grupo clínico submetido apenas à NC apresentou prejuízos especialmente na memória operacional verbal, enquanto os impactos mnêmicos mais amplos estiveram relacionados ao grupo submetido às terapias antineoplásicas. Menores desempenhos na memória operacional foram identificados em crianças cujas mães apresentaram menor grau de escolaridade. No estudo 3, o perfil neuropsicológico da criança sobrevivente de meduloblastoma revelou prejuízos relativamente leves em se considerando os déficits cognitivos esperados para sujeitos tratados pelas terapias antineoplásicas. Os achados sugerem que as condições socioculturais que perpassaram o desenvolvimento da criança atuaram como fatores protetivos quanto à emergência de sequelas cognitivas mais graves. Assim, destaca-se a expressiva complexidade subjacente à manifestação dos perfis cognitivos apresentados por essa população e revela-se o papel central da variável escolaridade materna.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ALESSANDRA GOTUZO SEABRA - UPM
Externa à Instituição - EDIANA ROSSELLY DE OLIVEIRA GOMES - UFRN
Externa ao Programa - 1350337 - FIVIA DE ARAUJO LOPES
Presidente - 1321136 - IZABEL AUGUSTA HAZIN PIRES
Externo à Instituição - RODRIGO DA SILVA MAIA - UFC
Notícia cadastrada em: 25/11/2021 16:05
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