Banca de DEFESA: LÊDA MENDES PINHEIRO GIMBO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LÊDA MENDES PINHEIRO GIMBO
DATA : 31/05/2021
HORA: 14:30
LOCAL: https://meet.google.com/jzv-xfwo-wwt
TÍTULO:

O FECHAMENTO DE UM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO COMO ACONTECIMENTO: DESDOBRAMENTOS DA REFORMA
PSIQUIÁTRICA


PALAVRAS-CHAVES:

Reforma Psiquiátrica; Saúde Mental; Hospital Psiquiátrico; RAPS; Cidade.


PÁGINAS: 160
RESUMO:

Do início da década de 1970 até o ano de 2016, no município do Crato, localizado ao sul do Ceará, funcionou a Casa de Saúde Santa Teresa. Foi aberto no cenário de intenso investimento financeiro em estabelecimentos psiquiátricos no país, em consonância com os parâmetros higienistas e com a lógica de segregação presente nos modos de organização das cidades e de circunscrição do lugar dos sujeitos em sofrimento psíquico. Em 2016 o hospital fechou suas portas e os efeitos começaram a ser percebidos, sobretudo, nos municípios de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, para os quais a Casa de Saúde servia de referência, com a proliferação das Comunidades Terapêuticas e estagnação da RAPS na região. Assim, o fechamento da Casa de Saúde Santa Teresa é tomado enquanto acontecimento - na perspectiva deleuziana – que nos ajuda analisar os desdobramentos do fechamento de um manicômio na cidade e na RAPS, em particular, no cenário de avanço de políticas fascistas, de neoliberalismo de guerra e de crise econômica e sanitária em decorrência da pandemia de COVID-19. Com esse objetivo foi realizada uma pesquisa cartográfica que se propôs acompanhar os fluxos e desdobramentos desse acontecimento na região, em articulação com a análise dos cenários em torno do manicômio de Barbacena e do hospital Colônia no Rio de Janeiro, grandes manicômios que também encerraram suas atividades. Muitos embates foram produzidos no campo político-assistencial, na relação loucura-cidade, com atualização da lógica manicomial perpassando as ruínas do aparato hospitalar. Concluiu-se que a atualização da lógica manicomial opera incessantemente, solicitando a reinvenção dos modos de resistir. A desconstrução dos grandes manicômios e sua paulatina substituição no tecido social por dispositivos que mantém a lógica de exclusão, em tempos de crise política e de saúde solicita a retomada da memória para orientar insurgências e a criação de linhas de fuga. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1293170 - MAGDA DINIZ BEZERRA DIMENSTEIN
Interno - 1744558 - JADER FERREIRA LEITE
Externa ao Programa - 3060449 - ANA CAROLINA RIOS SIMONI
Externo à Instituição - SILVIO YASUI - UNESP
Externa à Instituição - SIMONE MAINIERI PAULON - UFRGS
Notícia cadastrada em: 13/05/2021 15:32
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