EFEITOS DO ADENSAMENTO DE PLANTIO E MATERIAL GENÉTICO DE Eucalyptus SOBRE O POTENCIAL BIOENERGÉTICO DA MADEIRA IMPLANTADA EM REGIÃO NEOTROPICAL SEMIÁRIDA DO BRASIL
floresta energética, densidade energética, biomassa florestal, bioenergia.
Resumo
O objetivo geral do trabalho foi responder pelo potencial bioenergético da madeira de eucalipto aos 6 anos de idade utilizando-se das análises da interação entre produção volumétrica e qualidade da madeira de clones implantados sob diferentes condições de adensamento, em região neotropical semiárida do Brasil. Foram selecionados 5 clones em 6 diferentes espaçamentos, totalizando 30 tratamentos. De cada tratamento foram abatidas três árvores-amostra e destes retirados discos, nas posições 0% (base), 1,30m, 25%, 50%, 75% e 100% (topo) da altura comercial. Os discos foram divididos em cunhas opostas e encaminhados para determinação da densidade básica e poder calorífico superior, inferior e útil da madeira, além da quantidade de energia estocada por metro cúbico (m3) e hectare (ha). Foram estimados o índice de sobrevivência a partir do banco de dados de 2013 a 2019 resultante do acompanhamento dos povoamentos e a idade técnica de corte por meio da plataforma Curveexpert. A idade técnica de corte, baseada na maior produção volumétrica anual por hectare, foi reduzida nos tratamentos com espaçamento de plantio adensado – 3 x 0,25 m, com destaque para os materiais A1 e E5 (2,1 anos); enquanto o índice de sobrevivência teve crescimento superior aos demais nos perfis adensados ao longo dos seis anos, em que o material A1 atingiu 0,0% no espaçamento 3 x 0,25 m em seu último ano de acompanhamento. Os resultados apontaram correlação positiva entre o aumento na densidade básica da madeira e espaçamentos amplos - 425,38 Kg.m-3 a 496,00 Kg.m-3; nesse contexto, no que se refere aos materiais genéticos, R9 (494.73 Kg.m-3) e G7 (500.97 Kg.m-3) obtiveram médias superiores aos demais. Em relação ao potencial bioenergético dos tratamentos ao sexto ano, o material E5 no perfil 3 x 0,5 m apresentou valores superiores aos demais com 832.737 kcal/ha de energia estocada.