Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA HELENA RODRIGUES GALVÃO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA HELENA RODRIGUES GALVÃO
DATA : 10/05/2019
HORA: 14:30
LOCAL: Departamento de Odontologia
TÍTULO:

ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE BUCAL NO BRASIL: EVOLUÇÃO DA DESIGUALDADE E FATORES RELACIONADOS À ATENÇÃO SECUNDÁRIA


PALAVRAS-CHAVES:

Serviços de Saúde Bucal, Acesso aos Serviços de Saúde; Qualidade, Acesso e Avaliação da Assistência à Saúde.


PÁGINAS: 39
RESUMO:

O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência dos determinantes socioeconômicos no acesso e utilização dos serviços de saúde bucal no Brasil, considerando duas estratégias analíticas: (a) a associação entre os indicadores sociais dos municípios e o acesso e a qualidade dos Centros de Especialidades Odontológicas, a partir dos dados do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ-CEO) e (b) a desigualdade no acesso a saúde bucal relacionada à renda e escolaridade na população brasileira a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) dos anos 1998, 2003 e 2008, e a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) no ano de 2013. A primeira abordagem consiste em um estudo ecológico que analisou dados de 931 CEO que participaram da fase de avaliação externa do PMAQ-CEO em 2014. Inicialmente foi criado um indicador de qualidade do acesso, onde foram selecionadas 12 variáveis do instrumento de avaliação externa do PMAQ-CEO e em seguida submetidas à análise fatorial de componentes principais. O indicador geral da qualidade do acesso foi obtido a partir da soma das cargas fatoriais dos fatores obtidos e os CEO foram categorizados considerando o desempenho favorável ou desfavorável, tomando como ponto de corte a mediana. Com base neste indicador, foi realizada uma regressão múltipla de Poisson tendo como variáveis independentes as características do CEO e os indicadores sociodemográficos e de organização dos serviços de saúde dos municípios. A segunda parte consiste em um estudo de painéis repetidos, com análise de dados secundários provenientes de estudos seccionais de base domiciliar. Foram selecionados os dados das PNAD 1998, 2003 e 2008, e os dados da PNS 2013. As variáveis dependentes foram “Já teve acesso a consulta odontológica alguma vez na vida” e “Última consulta odontológica realizada a 3 anos ou mais”. As variáveis independentes selecionadas foram “Rendimento per capita domiciliar em salários mínimos” e “anos de estudo”. Com a finalidade de avaliar a desigualdade em saúde para os desfechos avaliados, foram utilizados índices complexos de avaliação de desigualdade em saúde baseados em regressão, o Coeficiente Angular de Desigualdade (CAD) e o Coeficiente Relativo de Desigualdade (CRD). O desempenho dos CEO quanto à qualidade do acesso esteve relacionado ao porte do município, onde CEO em municípios com menor porte (RP= 1,84; IC 95% 1,48-2,50; p<0,001) e médio porte populacional (RP= 1,96; IC 95% 1,60-2,46; p<0,001) obtiveram maior frequência do desfecho desfavorável em comparação aos municípios com maior porte populacional. Outros fatores socioeconômicos como renda per capita, IDH e Índice de Gini estiveram associados à organização da demanda e a disponibilidade de recursos humanos para as especialidades de endodontia, periodontia e cirurgia oral. Quanto à desigualdade no acesso relacionada a escolaridade e renda, houve uma redução das desigualdades no acesso a consulta odontológica com o passar dos anos analisados, embora se mantenha em níveis preocupantes. A diferença absoluta no percentual de ausência de acesso entre os indivíduos com maior e menor escolaridade segundo o CAD foi de 12,39% em 1998, reduzindo para 10,6% em 2013. Para a ausência de acesso à consulta nos últimos 3 anos, também houve uma redução entre 1998 (79,97) e 2013 (46,75%). Entretanto, observa-se que houve um aumento da desigualdade relativa quanto à escolaridade. Quanto à renda, observa-se uma redução na diferença absoluta no percentual de ausência de acesso entre os indivíduos com maior e menor renda. A diferença absoluta para a ausência de acesso dentre os grupos passou de 10,92% em 1998 para 7,61% em 2013. Para a ausência de acesso nos últimos 3 anos, os valores reduziram de 48,19% em 1998 para 26,98% em 2013. Também se observou uma redução da desigualdade relativa quanto à renda para ambos os desfechos


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1149540 - ANGELO GIUSEPPE RONCALLI DA COSTA OLIVEIRA
Interno - 277398 - KENIO COSTA DE LIMA
Externo à Instituição - FABIO CORREIA SAMPAIO - UFPB
Notícia cadastrada em: 07/05/2019 07:19
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