Banca de QUALIFICAÇÃO: SILVIA YASMIN LUSTOSA COSTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SILVIA YASMIN LUSTOSA COSTA
DATA : 21/11/2019
HORA: 08:30
LOCAL: A definir
TÍTULO:

Taxonomia integrativa dos cascudos do gênero Hypostomus Lacépède, 1803 (Siluriformes: Loricariidae), no Nordeste do Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Hypostominae, COI, morfologia, Maranhão-Piauí, Caatinga.


PÁGINAS: 108
RESUMO:

A região Neotropical possui a maior diversidade de peixes de água doce do mundo, grande parte dessa composição ictiofaunística está nas bacias hidrográficas do Brasil. O Nordeste do Brasil é caracterizado pelo bioma Caatinga em sua extensão máxima e foi dividido em quatro ecorregiões hidrográficas: São Francisco (SFR), Caatinga Nordeste e Drenagem Costeira (CNDC), Floresta Atlântica Nordeste (NAFE) e Maranhão-Piauí (MAPE). Pesquisas realizadas nessas bacias enfatizam a relevância dos estudos taxonômicos de peixes de água doce nas ecorregiões Maranhão-Piauí e Caatinga Nordeste e Drenagem Costeira desde que a primeira pesquisa taxonômica foi realizada nessas áreas em 1941 por Henry W. Fowler. A ordem de Siluriformes, atualmente 3846 espécies, compreende o gênero Hypostomus Lacépède, 1803, o mais rico da família Loricariidae e um dos melhores distribuídos em toda a região Neotropical. Para duas ecorregiões mencionadas acima, são conhecidas nove espécies nominais de Hypostomus: H. pusarum (Starks, 1913), H. jaguribensis (Fowler, 1915), H. carvalhoi (Miranda Ribeiro, 1937), H. nudiventris (Fowler, 1941), H Salgadae (Fowler, 1941), H. papariae (Fowler, 1941) e H. compatriota (Zawadzki, Ramos & Sabaj, 2017) para o CNDC, H. johnii (Steindachner, 1877), H. vaillanti (Steindachner, 1877). No entanto, essas espécies descritas no século XX têm descrições originais sucintas e são diagnosticadas com base em poucos caracteres morfológicos externos. Algumas análises moleculares preliminares indicam baixa divergência entre as linhagens, sugerindo que algumas dessas espécies são sinônimos de H. pusarum. Nosso principal objetivo foi realizar uma revisão taxonômica das espécies de Hypostomus nas ecorregiões MNCE e MAPE. A análise integrativa baseada na morfologia do código de barras e no DNA indicou que H. jaguribensis, H. carvalhoi, H. nudiventris, H. salgadae e H. papariae são sinônimos juniores de Hypostomus pusarum, expandimos a distribuição geográfica da espécie para a ecorregião do Maranhão-Piauí, e confirmamos sua ocorrência na ecorregião de São Francisco, essas análises também revelaram uma nova espécie da ecorregião MAPE com o mesmo padrão de cores de H. pusarum aqui descrito. Ao investigar a riqueza de espécies no MAPE, descrevemos uma segunda espécie que está em sintopia com H. johnii, e difere dela pela característica apomórfica do tórax e do abdômen sem placas, versus o abdômen revestido. Além disso, com base na taxonomia integrativa, delimitamos a distribuição de espécies do gênero no MAPE e concluímos que a ecorregião possui um total de cinco espécies de Hypostomus e outra possível nova espécie. Esses resultados indicam que a riqueza de espécies do gênero na Caatinga Nordeste e Drenagens Costeiras são superestimadas, enquanto no MAPE é subestimado. Nosso último objetivo é uma filogenia baseada no gene mitocondrial ATPase, a fim de elucidar como as espécies do gênero Hypostomus chegaram ao rio Parnaíba, investigando quais processos vicários levaram a essa alta diversidade do gênero na ecorregião e quais possíveis relações passadas entre o rio Parnaíba e o rio São Francisco.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANGELA MARIA ZANATA - UFBA
Externo à Instituição - PEDRO HOLLANDA CARVALHO - UFRJ
Presidente - 1865104 - SERGIO MAIA QUEIROZ LIMA

Notícia cadastrada em: 11/11/2019 13:26
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