Banca de DEFESA: LEANDRO COSTA SILVESTRE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LEANDRO COSTA SILVESTRE
DATA : 26/02/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de reuniões do Centro de Biociências
TÍTULO:

Samambaias e licófitas em encraves de floresta no Nordeste do Brasil: riqueza, biogeografia histórica e adequabilidade de nicho


PALAVRAS-CHAVES:

Analise de traços, Quaternário, pteridófitas, dinamica de vegetação, florística.


PÁGINAS: 156
RESUMO:

As samambaias e licófitas compreendem um grupo de plantas vasculares sem sementes que apresentam dependência de água para a sua reprodução. No mundo é estimada a existência de 13.600 espécies, com ocorrência de pelo menos 1.253 no Brasil, dividido entre 1.111 samambaias e 142 licófitas. O Brasil em conjunto com o México e os Andes são as três regiões primárias para a biodiversidade de samambaias nas Américas. Uma das maiores riquezas de espécies ocorre na Floresta Atlântica (883 spp.), um dos 25 hotspots para a conservação da biodiversidade mundial. A história da Floresta Atlântica está relacionada as variações climáticas dos ciclos glaciais, com expansões durante os períodos mais úmidos e retração nos mais secos. Esta variação em sua extensão influenciou na troca de espécies com a Floresta Amazônia e das Yungas, de modo que esta relação continua a ser estuda por diferentes metodologias. Considerando o atual conhecimento da riqueza de samambaias encontrados na Floresta Atlântica Setentrional do Brasil. Este trabalho visa apresentar a riqueza de áreas com déficit de conhecimento e destinadas a conservação, e elaborar modelos de paleodistribuição potencial, buscando evidenciar conexões pretéritas entre florestas úmidas da América do Sul por meio da família Pteridaceae e a compatibilidade de refúgios florestais com áreas de riqueza biológica. As áreas inventariadas apresentaram predominância de espécimes das famílias Pteridaceae, Thellypteridaceae e Polypodiacae. Entretanto o número de espécies foi reduzido, principalmente nas unidades de conservação com maior influência de atividades antrópicas e menor estabilidade climática. Neste caso, foram encontradas também espécies típicas de áreas de Caatinga, como Doryopterys concolor, Adiantum deflectens, Anemia dentata, A. villosa, e de áreas perturbadas ou em regeneração (Macrothelypteris torresiana e Christella dentata). Os modelos obtidos para os principais biomas detectam alterações na cobertura vegetal da América do Sul durante o Último Máximo Glacial e Holoceno Médio. Mesmo com os eventos de retração e expansão dos diversos biomas, sempre ocorreram áreas remanescentes que poderiam atuar como pontes entre as Florestas Amazônica e Atlântica. A retração durante o Último Máximo Glacial, na Floresta Amazônica, não reduziu estas áreas em fragmentos isolados. No entanto, a retração observada na Floresta Atlântica foi mais ampla, gerando núcleos isolados de floresta ao longo da costa brasileira. As homologias espaciais encontradas neste trabalho, através dos traços generalizados, corroboram com as rotas principais para o intercâmbio de espécies entre as Florestas Atlântica e Amazônica, ocorrendo através da via Sudeste, na sub-bacia do rio Paraná; no Nordeste, através dos brejos de altitude, e nas florestas de galeria do Cerrado central brasileiro. Os valores obtidos quanto à sobreposição de nichos, evidenciam a conformidade da adequação do habitat a condições mais amenas nos corredores pretéritos identificados pelos traços generalizados.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - AUGUSTO CESAR PESSOA SANTIAGO - UEPB
Externo à Instituição - CLEBER EBRAIM SALIMON - UEPB
Externo à Instituição - JEFFERSON GUEDES DE CARVALHO SOBRINHO - UNIVASF
Presidente - 483.563.875-15 - JOMAR GOMES JARDIM - UFSB
Interno - 1755074 - LEONARDO DE MELO VERSIEUX

Notícia cadastrada em: 16/02/2018 17:59
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