Banca de QUALIFICAÇÃO: MIGUEL FERNANDES BEZERRA NETO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MIGUEL FERNANDES BEZERRA NETO
DATA : 04/05/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de reuniões do Centro de Biociências
TÍTULO:

ICTIOFAUNA DO PARQUE NACIONAL DAS NASCENTES DO RIO PARNAÍBA: TRANSIÇÃO DE BIOMAS E DIVISOR DE ÁGUAS INEXPLORADO


PALAVRAS-CHAVES:

Ecorregião Tocantins-Araguaia, Ecorregião Maranhão-Piauí, Unidade de conservação, Peixes do cerrado.


PÁGINAS: 40
RESUMO:

Os ecossistemas aquáticos continentais e sua biota estão entre os mais ameaçados do mundo pelas atividades antrópicas, e vem sofrendo rápido declínio. Devido à preocupação com a ocupação desordenada e utilização irracional dos recursos naturais, as nascentes do rio Parnaíba e de tributários do rio Tocantins estão protegidas, desde 2002, pela fundação do Parque Nacional das Nascentes do rio Parnaíba (PNNRP). Este parque, inserido no bioma do Cerrado, em uma área de transição entre a Amazônia e a Caatinga, localiza-se na divisa dos Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia (MAPITOBA), e é divisor de águas de três importantes bacias hidrográficas: dos rios São Francisco, Tocantins e Parnaíba. No entanto, como muitas Unidades de Conservação (UC) brasileiras, o PNNRP ainda não possui plano de manejo elaborado, e poucos levantamentos ictiofaunísticos foram feitos nos afluentes das bacias hidrográficas que estão parcialmente inseridas nesta área protegida. Dificultando avaliar a efetividade desta UC para conservação da biota aquática. Embora o conhecimento da ictiofauna da bacia do rio Parnaíba tenha avançado nos últimos anos, as nascentes dessa drenagem, onde fica a maior parte no PNNRP eram virtualmente inexplorados, impossibilitando reconhecer qual parcela dessas espécies estão protegidas. Atualmente a região do MAPITOBA é caracterizada pela expansão agrícola baseada na tecnologia de alta produtividade e pode impor sérios riscos para ictiofauna do Cerrado, através do desmatamento da mata ciliar, aporte de pesticidas ou fertilizantes, e drenagens de corpos d’água. Assim, o objetivo deste trabalho foi elaborar um levantamento da ictiofauna do PNNRP, identificando as espécies, identificando a riqueza de espécies em cada bacia Indicando as espécies compartilhadas, endêmicas, ameaçadas de extinção, além das espécies ainda não descritas e possíveis espécies introduzidas. A amostragem de campo abrangeu quinze pontos de coleta em Julho de 2014 mediante uso de petrechos ativos (redes tipo picaré, redes-de-mão e redes-de-arrasto) e passivos (redes de espera e armadilhas tipo covo) com fins de evitar a seletividade por cada arte de pesca. No PNNRP foram registradas 42 espécies distribuídas em quinze famílias e cinco ordens de peixe de água doce, na porção alta da bacia do rio Parnaíba e média do rio Tocantins. Dente elas, apenas duas (4,76%) são compartilhadas entre ambas as bacias: Bryconops melanurus (Bloch, 1794) e Moenkhausia sanctaefilomenae (Steindachner, 1907). Das demais, 35 (83,34%) espécies estavam presentes exclusivamente na bacia do rio Parnaíba e 5 (11,90%) na bacia do rio Tocantins. Destas 13 (30.95%) são supostamente endêmicas da bacia do Parnaíba. Cabe ressaltar a diversidade de espécies do gênero Melanorivulus e outras espécies de pequeno porte encontradas em diversas veredas nas duas drenagens. Essas informações podem ser utilizadas para a elaboração do plano de manejo da UC, além de futuros estudos biogeográficos da biota aquática do Cerrado. Embora a área do PNNRP tenha aumentado duas vezes desde sua criação, ainda não inclui de nascentes do trecho médio da bacia do rio São Francisco, o que implicaria em uma maior riqueza peixes protegidos pela UC.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1879211 - BRUNO CAVALCANTE BELLINI
Externo ao Programa - 004.324.333-92 - CARLOS EDUARDO ROCHA DUARTE ALENCAR - UFRN
Presidente - 1865104 - SERGIO MAIA QUEIROZ LIMA

Notícia cadastrada em: 20/04/2017 16:49
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