PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de DEFESA: NIEGE FELIX CAETANO FRANÇA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NIEGE FELIX CAETANO FRANÇA
DATA : 28/02/2024
HORA: 10:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

AVALIANDO A INFLUÊNCIA DA DIVERSIDADE E FACILITAÇÃO NA DISPONIBILIDADE DE FLORES E FRUTOS EM COMUNIDADES ARBÓREAS RESTAURADAS


PALAVRAS-CHAVES:

Restauração; Facilitação; Diversidade; Complementariedade; Florestas tropicais sazonalmente secas; Fournier; Comunidades; Ecossistemas; Floração; Frutificação;



PÁGINAS: 60
RESUMO:

Dado o grande estado de degradação, atual, do Bioma Caatinga, estratégias de restauração ecológica são de suma importância, não só para frear este processo de degradação, mas também para recompor as comunidades afetadas, tornando-as estáveis e produtivas ao longo do tempo. Programas de restauração da Caatinga que buscam por novas tecnologias de restauração ecológica tem se mostrado como alternativas promissoras para combater o processo de desertificação. O Laboratório de Ecologia da Restauração da UFRN, desenvolve há mais de uma década tecnologias inovadoras para o plantio de espécies arbóreas, pertencentes ao bioma, visando o combate à desertificação. Essa técnica permitiu a construção do experimento BrazilDry, o primeiro experimento de ampla escala de restauração da Caatinga que atualmente recebe apoio do CNPq como um Projeto Ecológico de Longa Duração (PELD). Esse experimento está ligado à rede internacional TreeDivNet, que contempla 29 experimentos em 20 países que testam a influência da diversidade de espécies arbóreas sobre o funcionamento de florestas plantadas. Esse experimento, além de testar o efeito da diversidade de espécies, testa também como o potencial facilitador dessas espécies influencia a performance das comunidades vegetais restauradas. Desta maneira, o trabalho visa gerar tecnologias aplicáveis aos programas de restauração de áreas degradadas da Caatinga que promovam a resiliência e a resistência à desertificação do ecossistema restaurado a longo prazo. Implementado em 2016, o experimento BrazilDry, cria modelos de restauração de Caatinga que podem compatibilizar a preservação da biodiversidade de plantas com o melhor funcionamento do ecossistema. O presente estudo se divide em dois capítulos, ambos realizados no Experimento BrazilDry e tem como abordagem a compreensão de como a diversidade e os mecanismos de facilitação influenciam os padrões de floração e frutificação das comunidades restauradas. No primeiro capítulo, temos como oobjetivo principal testar se a diversidade de plantas arbóreas das comunidades restauradas e seu potencial de facilitação influenciam o número de indivíduos reprodutivos nos primeiros 7 anos de restauração, e assim responder: I - Quantos indivíduos e de quais espécies vegetais das comunidades restauradas, conseguiram reproduzir nos últimos 7 anos de restauração? II - Se há um efeito da diversidade e/ou da facilitação sobre a presença ou ausência de padrões de floração e frutificação. Como resultado, podemos observar que a diversidade de árvores plantadas não influenciou a capacidade de floração das espécies. No entanto, obtivemos um efeito positivo da Facilitação sobre a capacidade de floração das espécies nos primeiros 7 anos da restauração. A diversidade e a facilitação não influenciaram os padrões de frutificação. Isso pode ter ocorrido devido à baixa pluviosidade que causa o aborto de muitas flores, bem como, a abscisão de frutos, que podem ser também produzidos em menor quantidade quando sob grande estresse hídrico. O segundo capítulo avalia como a diversidade de espécies que compõem as comunidades restauradas afeta as fenofases da espécie Piptadenia retusa, popularmente conhecida como Jurema-branca, em termos de quantidade e sincronização de produção de frutos, flores e folhas por esta espécie. Com objetivos específicos de: I - Testar se a diversidade de árvores da comunidade restaurada influencia o número e época de produção de flores e frutos pela espécie P. retusa, e quais são os meses de produção desses recursos alimentares para a fauna; II - Testar se a diversidade de espécies das comunidades arbóreas restauradas influencia a capacidade máxima de produção de flores, frutos e folhas produzidas por Piptadenia retusa ao longo de um ano. Como resultados, observamos picos de floração nos meses mais úmidos entre os meses de março e junho, enquanto que a frutificação ocorreu também na primeira metade da estação seca entre os meses de junho a novembro. A produção de recursos florais (botões e flores) e produção de sementes (frutos maduros e imaturos) diferiu não só em relação aos meses, mas também aumentou significativamente com o aumento da diversidade de árvores que compõem a comunidade restaurada. Em termos de capacidade máxima de produção expressa pelo índice de Fournier, apenas a variável explanatória, tempo, teve influência significativa. Todas as variáveis apresentaram produção máxima nos meses mais úmidos com exceção da produção de frutos maduros que ocorreu com maior intensidade nos meses mais secos. A produção de folhas foi, em média, 75% de sua capacidade de produção nos meses mais úmidos, mas ainda mantiveram 25% de sua capacidade de produção durante os meses mais secos. Esse trabalho indica que modelos de restauração com a presença de espécies enfermeiras ou facilitadoras devem ser implementados,tendo em vista o potencial dessas espécies de aumentar a capacidade reprodutiva de árvores vizinhas, assim como, demostra que a diversidade de árvores plantadas em programas de restauração, pode aumentar a capacidade reprodutiva de algumas espécies, promovendo desta forma a reposição de indivíduos na comunidade e a disponibilidade de alimento para a fauna de polinizadores.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1677189 - GISLENE MARIA DA SILVA GANADE
Interno - 1678202 - CARLOS ROBERTO SORENSEN DUTRA DA FONSECA
Externa à Instituição - MARINA ANTONGIOVANNI DA FONSECA
Notícia cadastrada em: 27/02/2024 13:18
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