PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de DEFESA: JESSICA BLEUEL

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JESSICA BLEUEL
DATA : 23/02/2024
HORA: 13:30
LOCAL: Departamento de Oceanografia e Limnologia, sala 1 E https://www.youtube.com/watch?v=TPd-DbrWJMo&ab_c
TÍTULO:

DIVERSIDADE TAXONÔMICA, FUNCIONAL E TRÓFICA DE CORAIS E RESPOSTAS AO ESTRESSE TÉRMICO


PALAVRAS-CHAVES:

Padrões de diversidade; gradientes ambientais; atributos funcionais; ácidos graxos; modo trófico predominante; autotrofia; heterotrofia; calcificação; tolerância térmica; branqueamento


PÁGINAS: 110
RESUMO:

Corais desempenham funções únicas e são criticamente importantes nos recifes, porém estão ameaçados pelo aumento da temperatura do oceano causando eventos de branqueamento que podem resultar em perda de cobertura, diversidade, e complexidade recifal. Considerando que abordagens baseadas em atributos funcionais podem informar sobre suas respostas a distúrbios ambientais, entender padrões de diversidade dos corais e seus atributos, e suas respostas às mudanças climáticas é fundamental. No capítulo 1 descrevemos a diversidade taxonômica e funcional dos corais no Brasil, avaliando a composição de espécies e do espaço funcional ocupado entre regiões. Observamos um agrupamento de oito regiões, onde a Bahia concentra a maior riqueza de espécies e proporção de espaço funcional ocupado, ambos diminuindo com a distância dessa região. A composição de espécies e regiões foram influenciados por barreiras e filtros ambientais e estão relacionados aos atributos dos corais. No capítulo 2 investigamos a variação na concentração e composição de ácidos graxos em corais zooxantelados de águas rasas ao longo da costa do Sudoeste do Atlântico (SWA) para indicar seu modo trófico predominante e avaliar possíveis variações geográficas. A identidade da espécie e a localização explicaram a maior parte da variação na composição de ácidos graxos no SWA, e foram associadas à radiação disponível para fotossíntese (PAR), temperatura da superfície do mar (SST) e carbono orgânico particulado (POC). A composição de ácidos graxos de Favia gravida, Siderastrea stellata, Mussismilia harttii e Mussismilia hispida variou entre as localidades, enquanto Madracis decactis, Montastraea cavernosa e Porites astreoides apresentaram um padrão consistente em todas as localidades. Além disso. com base na concentração do marcador heterotrófico (CGA), P. astreoides foi a espécie mais autotrófica e Mu. hispida foi o coral mais heterotrófico. A forma de crescimento dos corais também é um atributo importante pela adição do carbonato de cálcio no ambiente recifal. Dessa forma, no capítulo 3 experimentalmente avaliamos a contribuição relativa de modos alimentares baseados em autotrofia e heterotrofia no crescimento dos corais Millepora alcicornis e Montastraea cavernosa e como estes respondem ao estresse térmico. Observamos uma maior taxa de crescimento para M. alcicornis do que M. cavernosa. O tratamento alimentar de matéria orgânica dissolvida (DOM) teve uma influência positiva no crescimento dos corais inicialmente para M. cavernosa, o qual não se sustentou com o tempo, e mais tardio para M. alcicornis. O estresse térmico teve pouco impacto no crescimento e no modo trófico predominante das duas espécies. Entretanto, teve um impacto negativo na eficiência fotoquímica (Fv/Fm) e coloração de M. alcicornis (sensível à temperatura), porém corais submetidos ao tratamento DOM foram menos suscetíveis e obtiveram maior recuperação após o estresse térmico. Por outro lado, a saúde do coral M. cavernosa (resistente à temperatura) não foi afetada pelo estresse térmico. Assim, a partir da integração desses capítulos esperamos entender melhor o potencial de expansão geográfica dos corais a partir de seus atributos, e o papel da heterotrofia no crescimento dos corais, resistência e resiliência ao estresse térmico.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - RALF TARCISO SILVA CORDEIRO - UFRPE
Externa à Instituição - BARBARA RAMOS PINHEIRO - UFAL
Externa ao Programa - 3257898 - CYBELLE MENOLLI LONGHINI - nullPresidente - 2319234 - GUILHERME ORTIGARA LONGO
Externo à Instituição - MARCELO DE OLIVEIRA SOARES
Notícia cadastrada em: 05/02/2024 12:13
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