PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de QUALIFICAÇÃO: HENRIQUE DOUGLAS DOS SANTOS BORBUREMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : HENRIQUE DOUGLAS DOS SANTOS BORBUREMA
DATA : 17/05/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Virtual - Google Meets
TÍTULO:

EFEITOS DE CENÁRIOS DE MUDANÇAS GLOBAIS NA FISIOLOGIA DE ESPÉCIES DE Bostrychia (RHODOPHYTA) DE POPULAÇÕES GENETICAMENTE DIVERGENTES


PALAVRAS-CHAVES:

acidificação dos oceanos ;aquecimento dos oceanos ;atividade antioxidante ; aumento do nível do mar ; carboidratos ; conteúdo de pigmentos ; crescimento ; estuário ; manguezais ; proteínas


PÁGINAS: 126
RESUMO:

Concentrações crescentes de gases de efeito estufa na atmosfera (principalmente o CO2) vêm causando mudanças globais. Alterações ambientais são esperadas em ecossistemas estuarinos devido as mudanças globais. Macroalgas nesses ecossistemas são produtores primários que podem mitigar a mudança global por meio da absorção de CO2 para a fotossíntese, desde que elas sejam tolerantes às mudanças ambientais. Assim, analisamos diferentes respostas fisiológicas de B. montagnei e B. calliptera de dois manguezais em domínios biogeográficos brasileiros (Atlântico Tropical - TA, e América do Sul Temperado - AST) após elas serem cultivadas em um sistema de biorreatores em três pHs flutuantes (7.2 ± 0.1, 7.6 ± 0.2 e 8.0 ± 0.2), sendo dois pHs reduzidos por incremento de CO2 na água do mar (artigo I); e sob temperatura e salinidade aumentadas (artigo II). As temperaturas estabelecidas seguiram modelos climáticos e as salinidades foram de acordo com salinidades registradas nos locais de coleta das algas. Algas de ambas as localidades aumentaram sua produtividade (crescimento como um “proxy”) em tratamentos de pH reduzido e flutuante. Em geral, as respostas fisiológicas das algas não foram negativamente afetadas por pH diminuído. Algas de AT tiveram seu maior crescimento em 27 ºC e 15 PSU, e algas de AST em 24 ºC e 15 PSU. Algas de AST diminuíram seu crescimento sob salinidade e temperatura crescentes. 34 ºC foi uma temperatura letal para algas de AT, enquanto que 29 e 31 ºC a 35 PSU foram letais para B. calliptera de AST. Em geral, maiores salinidades diminuíram o rendimento quântico efetivo e a taxa de transporte de elétrons relativa na fotossíntese das algas. Nossos resultados demonstraram que B. montagnei e B. calliptera principalmente biossintetizam proteínas, carboidratos e compostos antioxidantes para tolerarem temperaturas e salinidades prejudiciais, e que o conteúdo pigmentar das algas é ajustado para uma captação eficiente de luz. Nosso estudo indica que as algas analisadas são relevantes para o carbono azul em manguezais, contribuindo para a mitigação das mudanças globais, uma vez que elas aumentaram sua produtividade sob maior disponibilidade de CO2 (artigo I). Também demonstramos que o aquecimento do oceano e maiores salinidades nos estuários, por causa do aumento do nível do mar, podem ser prejudiciais para as algas analisadas, comprometendo suas funções ecológicas nos manguezais (artigo II). Encontramos ainda que as populações das algas são geneticamente e fenotipicamente divergentes, a partir de dados moleculares (“DNA barcoding COI”) e fisiológicos (artigo III).


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 363.178.178-47 - EDSON APARECIDO VIEIRA FILHO - UFRN
Presidente - 1279472 - ELIANE MARINHO SORIANO
Interna - 2412921 - JULIANA DEO DIAS
Notícia cadastrada em: 12/04/2021 12:26
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