PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de QUALIFICAÇÃO: PRISCILLA RAMOS CRUZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PRISCILLA RAMOS CRUZ
DATA : 18/12/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meets
TÍTULO:

Diversidade funcional e filogenética: importância ecológica e pesqueira


PALAVRAS-CHAVES:

Dimensões da Biodiversidade, Mudanças antrópicas, variações espaço-temporais, atributos e funções ecológicas


PÁGINAS: 160
RESUMO:

 As facetas da biodiversidade, tais como a diversidade de espécies, funcional e filogenética, têm sido amplamente empregadas para quantificar processos e explicar fenômenos naturais ou antrópicos, há décadas pelos ecólogos. No entanto, ainda não há consenso sobre sua relevância e utilização. O objetivo geral desta tese foi entender como fenômenos não-naturais afetam as dimensões não-taxonômicas da biodiversidade, ao longo do espaço e do tempo, para identificar e entender padrões gerais de mudança e suas possíveis causas. No capítulo 1, avaliamos como os estudos sobre diversidade funcional e filogenética se desenvolveram na Ecologia, buscando identificar onde a aplicação das ferramentas e conceitos foi mais tangível ou incipiente. Observou-se vieses para a maioria dos descritores, com predominância dos ambientes terrestres nos estudos voltados para plantas e incipiência para ambientes aquáticos e organismos vertebrados, tanto nas regiões temperadas quanto nas tropicais. Entre as quais, o desenvolvimento das duas formas de avaliação da biodiversidade superou as perspectivas taxonômicas. No segundo capítulo, foram investigados os padrões de longo prazo da diversidade funcional do pescado marinho de cinco ecorregiões na costa brasileira. Para isso, analisou-se dois setores de pesca de forma comparativa: artesanal e industrial. Uma avaliação multidimensional baseada em atributos morfológicos, fisiológicos e de história de vida com importância ecológica e relevância para a pesca, resultou na detecção de diferenças consistentes entre as modalidades, em virtude do esforço total e do tempo de captura.  Dentre os descritores funcionais, destacaram-se os níveis de semelhança na redundância da pesca artesanal de toda a costa e o aumento da riqueza, divergência e dispersão funcional da pesca industrial ao longo dos anos. A equitabilidade foi o parâmetro menos uniforme entre as regiões norte, leste e sudeste, perdendo expressividade na pesca artesanal das regiões nordeste e sul. Na diversidade beta-funcional houve mais substituições que perdas de atributos nos últimos 30 anos, com essa tendência se mantendo estável, principalmente na pesca industrial. O tipo de pressão pesqueira foi determinante para as respostas funcionais do pescado, de acordo com o que esperava encontrar. Inferiu-se que o desempenho dos descritores funcionais mediante a pesca industrial, possivelmente está associado à captura de atributos mais diversos. Enquanto a pesca artesanal, tende a interferir menos na diversidade funcional do pescado, ainda que implemente aumento do esforço. Na diversidade filogenética, explorada no capítulo 3, ambas as formas de pesca apresentaram crescimento em alguns descritores da alfa. Porém, na pesca artesanal estes foram maiores nas regiões mais produtivas da costa. Enquanto nas demais regiões, houve maior crescimento dos efeitos da industrial. A pesca artesanal tende a impactar os clados filogeneticamente mais próximos, exibindo uma forma mais leve de perturbação, enquanto a industrial impacta os mais distantes, exercendo assim, maior pressão sobre a biodiversidade. Na diversidade beta, a pesca artesanal manteve a suavidade dos seus efeitos, com exceção da região sul do Brasil onde superou a industrial. A industrial foi mais propensa a homogeneizações. Mas, os efeitos de ambas as pescas sobre a conservação filogenética do pescado foram preponderantemente positivos, dado que não encontramos descaracterizações ou perdas significativas.  


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1714892 - ADRIANO CALIMAN FERREIRA DA SILVA
Interno - 3060333 - ANDROS TAROUCO GIANUCA
Interno - 1362202 - JOSE LUIZ DE ATTAYDE
Externo à Instituição - RAFAEL DETTOGNI GUARIENTO - UFMS
Notícia cadastrada em: 30/11/2020 12:45
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