PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de QUALIFICAÇÃO: LOUIZE FREYRE DA COSTA CORREA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LOUIZE FREYRE DA COSTA CORREA
DATA : 14/11/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Reuniões do DECOL
TÍTULO:

MONITORAMENTO DA SAÚDE DE CORAIS EM RECIFES COSTEIROS E OCEÂNICOS UTILIZANDO MODELOS 3-D


PALAVRAS-CHAVES:

Siderastrea stellata; Montastraea cavernosa; Impactos antropogênicos;Dinâmicas Locais; Branqueamento de corais;Fernando de Noronha


PÁGINAS: 30
RESUMO:

Recifes costeiros são frequentemente mais propensos a impactos antropogênicos em comparação com os recifes oceânicos devido à proximidade de áreas mais populosas. Os corais podem responder rapidamente a esses impactos, geralmente apresentando alterações negativas em suas condições de saúde, dependendo da espécie e de outras variáveis abióticas, como profundidade, temperatura e exposição a luminosidade. Comparar a saúde dos corais entre ambientes costeiros e oceânicos, dentro da mesma faixa latitudinal, pode fornecer informações sobre como os impactos antropogênicos afetam esses ecossistemas e contribuir para identificar potenciais áreas de refúgio. Monitoramos colônias dos corais Siderastrea stellata (~2m de profundidade) e Montastraea cavernosa (~25m de profundidade) em recifes costeiros (Rio Grande do Norte; ~ 5 ° S) e oceânicos (Fernando de Noronha; ~ 3 ° S) do nordeste do Brasil. Nesses locais, as espécies monitoradas estão entre os principais corais construtores dos recifes. Monitoramos as colônias de corais trimestralmente durante um ano (2018-2019), usando modelos tridimensionais gerados por fotogametria, a partir da qual obtivemos os indicadores de saúde dos corais (branqueamento, mortalidade, doenças e crescimento de algas). Ambas espécies monitoradas estão em bom estado de saúde nos recifes costeiros e oceânicos, sem registro de branqueamento intenso durante o período monitorado. Os indicadores permaneceram estáveis ao longo do tempo, com maior variação nos recifes oceânicos do que nos costeiros, particularmente nas áreas rasas. As ilhas são ambientes instáveis por estarem sob influência de diversos processos que ocorrem mais intensamente em águas oceânicas, como fortes ondas, oligotrofia e ação dos ventos, o que gera distúrbios nos recifes, independente da magnitude dos impactos antrópicos que ocorrem localmente. As colônias de S. stellata, por exemplo, permaneceram em geral mais saudáveis em áreas costeiras do que oceânicas, o que pode estar relacionado à menor exposição à luz nas áreas costeiras (2.000-3.000 lux; ~ 27°C) em comparação aos recifes oceânicos (4.000-6.000 lux; ~ 28°C). Níveis muito altos de incidência luminosa podem causar fotoinibição e causar a perda de zooxantelas, favorecendo o branqueamento de colônias. Outro fator determinante desta variação na condição de saúde foi um evento de soterramento massivo em um dos sítios oceânicos, que encobriu 50% das colônias de S. stellata por três meses neste local. As colônias se recuperaram bem, indicando alto potencial de resiliência, uma característica importante para um dos principais bioconstrutores de recifes do Brasil. O estado de saúde de M. cavernosa foi estável e os corais em todos os locais monitorados apresentaram, em média, 80% de sua superfície em estado saudável. A temperatura e a luz também foram semelhantes e relativamente constantes em recifes costeiros e oceânicos mais profundos (~ 26 ° C; 5.000-6.000 lux), indicando que este deve ser um ambiente mais estável. A saúde dos corais foi mais afetada por características variáveis do ecossistema local do que pela proximidade com o impacto humano, indicando que a dinâmica temporal local precisa ser levada em consideração ao avaliar a resposta dos corais aos impactos humanos..


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - MARIANA MITSUE TESCHIMA - UFRJ
Presidente - 2319234 - GUILHERME ORTIGARA LONGO
Interna - 2412921 - JULIANA DEO DIAS
Notícia cadastrada em: 30/10/2019 15:31
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