PGE/CB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA CENTRO DE BIOCIÊNCIAS Telefone/Ramal: (33) 4222-34/401 https://posgraduacao.ufrn.br/pge

Banca de QUALIFICAÇÃO: MAIARA MENEZES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MAIARA MENEZES
DATA : 31/10/2017
HORA: 13:00
LOCAL: SALA DE REUNIÃO DO CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
TÍTULO:

Dinâmica temporal do picoplâncton na costa do oceano atlântico equatorial


PALAVRAS-CHAVES:

picoplâncton, metabolismo microbiano, séries temporais, oceano Atlântico tropical.


PÁGINAS: 30
RESUMO:

O picoplâncton compreende microrganismos (<3µm) autotróficos e heterotróficos do plâncton que são responsáveis pela maior parte da ciclagem de nutrientes e da produção primária nos oceanos. Devido à baixa variação climática e seu pequeno tamanho, o picoplâncton possui vantagens adaptativas em relação ao nanoplâncton em oceanos tropicais oligotróficos. Apesar de sua relevância, poucos estudos avaliam a dinâmica temporal da comunidade microbiana em oceanos tropicais. Diante disto, este trabalho tem como objetivo avaliar a dinâmica sazonal (abundância e metabolismo) do picoplâncton e identificar os fatores ambientais que o regulam em uma estação de coleta no oceano atlântico equatorial. Realizamos coletas mensais entre 2013 e 2016, na estação de coleta situada na costa do estado do RN. Determinamos a abundância do picoplâncton autotrófico (Synechococcus e picoeucariotos) e heterotrófico (Bactéria heterotróficas - BH) por citometria de fluxo e as taxas de produção e respiração bacteriana. Além disso, coletamos dados ambientais in situ e via satélite e analisamos a concentração de nutrientes dissolvidos. Nossos resultados revelaram que em média 60 % da clorofila a total é referente ao picoplâncton (47-73%). Não houve variação sazonal na abundância da comunidade, tampouco no metabolismo microbiano, tanto avaliado pela decomposição das séries temporais como através da ANOVA comparando meses secos e chuvosos. A clorofila a total foi a única variável que revelou tendência sazonal, com maiores concentrações nos meses de chuva (F = 3.64, p = 0.06), possivelmente refletindo uma variação do nanoplâncton. BH estiveram positivamente correlacionadas com Synechococcus (β=0.890, p < 0.001) e Picoeucariotos (β=0.390, p = 0.016). A salinidade esteve negativamente correlacionada com todos os componentes da comunidade e com a clorofila a. O Fósforo foi importante afetando negativamente as BH (β=-0.09, p = 0.03), enquanto que o Nitrogênio teve um maior efeito sobre os Picoeucariotos autotróficos (β=4.69, p = 0.001). Concluímos que foram ausentes efeitos da sazonalidade climática sobre a dinâmica temporal do picoplâncton na área de estudo. A salinidade pode configurar um importante fator influenciando a comunidade. Embora as fracas relações ambientais encontradas possam sugerir uma maior importância das interações biológicas conduzindo as flutuações de baixa amplitude ao longo de ano. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1639731 - ANDRE MEGALI AMADO
Externo ao Programa - 2412921 - JULIANA DEO DIAS
Externo ao Programa - 2326316 - NG HAIG THEY
Notícia cadastrada em: 17/10/2017 16:09
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa08-producao.info.ufrn.br.sigaa08-producao