Banca de DEFESA: ALBERTO JOSÉ MATE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALBERTO JOSÉ MATE
DATA : 07/02/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência (Plataforma Google Meet) https://meet.google.com/bik-gjov-vrq
TÍTULO:

EPISTEMOLOGIA DA COMPLEXIDADE E PESQUISA EM TURISMO: Criando sinergias para repensar o desenvolvimento cultural de Moçambique


PALAVRAS-CHAVES:

complexidade, turismo, cultura, economia criativa e desenvolvimento cultural.



PÁGINAS: 300
RESUMO:

Este trabalho resulta de uma pesquisa de Doutorado em Turismo, intitulada “Epistemologia da complexidade e pesquisa interdisciplinar no turismo: criando sinergias para repensar o desenvolvimento cultural de Moçambique”. A pesquisa tinha como objetivo estruturar com densidade o paradigma da complexidade para fazer dialogar as múltiplas abordagens entre turismo, políticas culturais, economia criativa e o processo de desenvolvimento em Moçambique. Os procedimentos metodológicos incluíram a pesquisa bibliográfica; a análise documental de fontes primárias, como legislação, políticas públicas, relatórios, programas de atividades como Plano Estratégico da Cultura 2012-2022 e Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo em Moçambique II 2016-2025; a observação participante; e as entrevistas narrativas com alguns agentes culturais, para compreender as dinâmicas do campo cultural. Os dados da pesquisa confirmaram a tese de que a interação entre o turismo e a economia criativa pode constituir uma possibilidade para o desenvolvimento cultural de Moçambique. Esse fato se verifica a partir dos avanços e das reformas alcançadas na elaboração de um quadro legal para o turismo e a cultura, que pode levar o país a alcançar o desenvolvimento cultural. Todavia, ainda existem alguns desafios que devem ser ultrapassados para ampliar as liberdades substantivas dos agentes culturais que participam do circuito da economia criativa, pois ainda prevalece a tradição de uma política cultural marcada pela hegemonia das dimensões político-administrativa e econômica, que precisa de ser substituída por uma visão sistémico-organizacional que reconhece a complementaridade das diversas dimensões da cultura e, por via disso, promover processos horizontais, como o maior envolvimento das comunidades locais no planejamento e gestão de políticas de turismo e cultura. Dado que os debates sobre economia criativa são emergentes na esfera pública moçambicana, as redes culturais ainda são fracas e é necessário ampliá-las e reforçar o seu poder para ultrapassar as dificuldades de financiamento ou de promoção e integração das atividades culturais no turismo e melhorar a transparência nos processos de gestão dos fundos públicos para cultura. Existem algumas iniciativas na cidade de Maputo que buscam a aproximação entre as escolas e o patrimonio cultural, mas ainda não há uma cultura dos museus. Urge apostar, então, em ações de educação patrimonial nas escolas, promovendo o vasto patrimônio cultural para que seja apreciado, valorizado e consumido pelos cidadãos nacionais e posteriormente integrado na experiência turística. O olhar sistêmico-organizacional das sinergias entre turismo e cultura permitiu compreender as dinâmicas e contradições sociais, as relações de poder e os processos de resistência aos discursos hegemônicos sobre o crescimento econômico, num contexto em que o turismo vai sinalizando para a integração da cultura, a criatividade, a memória, as tradições e as vivências das comunidades locais e periféricas rumo à emancipação social, à solidariedade, à humanização das práticas de turismo e ao desenvolvimento cultural.

 

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - EZIO LORENZO BONO
Presidente - 2346233 - FRANCISCO FRANSUALDO DE AZEVEDO
Interna - 1117908 - MARIA LUCIA BASTOS ALVES
Interno - 2578221 - MOZART FAZITO REZENDE FILHO
Externa à Instituição - VIVIANE COSTA FONSECA DE ALMEIDA MEDEIROS - IFRN
Notícia cadastrada em: 30/01/2023 15:30
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