Banca de DEFESA: MICHELE BARBOSA DA ROCHA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MICHELE BARBOSA DA ROCHA
DATA : 24/05/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO GUAJIRU/RN: UMA CONTRIBUIÇÃO AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL A PARTIR DO USO DA TERRA E DA ÁGUA


PALAVRAS-CHAVES:

Degradação ambiental; Uso e cobertura da terra; qualidade da água; disponibilidade hídrica


PÁGINAS: 98
RESUMO:

O crescimento das cidades de forma desordenada, atrelado ao processo de industrialização e expansão da atividade agropecuária, contribuiu ao longo do tempo para o surgimento e agravamento de problemas ambientais em bacias hidrográficas. O uso e ocupação das terras nessas unidades de planejamento territorial tem se mostrado um dos processos de maior impacto sobre o meio físico, promovendo a degradação ambiental que, consequentemente, compromete a disponibilidade dos recursos naturais para a população. Esta pesquisa teve como objeto de estudo a Bacia Hidrográfica do Rio Guajiru (BHRG), situada no litoral leste do Rio Grande do Norte, com uma área total de 120 km², abrangendo partes dos municípios de Natal, Ceará Mirim, Extremoz, São Gonçalo do Amarante e Ielmo Marinho. Essa bacia foi selecionada para estudos pela sua importância ambiental e socioeconômica, com potencial para o desenvolvimento da agricultura irrigada nas áreas rurais e por drenar para um dos reservatórios mais importante do leste potiguar, utilizado para abastecimento público que é a Lagoa de Extremoz. O objetivo geral foi caracterizar e mapear o padrão de ocupação humana em termos de uso e cobertura da terra, os conflitos legais e a degradação dela decorrentes e a disponibilidade e qualidade de águas, de modo a tentar entender o quadro atual do meio físico da bacia para subsidiar estudos de planejamento ambiental. Os procedimentos metodológicos abrangeram a revisão da literatura, o levantamento de dados espaciais e de informações cartográficas, a seleção e o processamento de cena Sentinel 2, o levantamento de dados de poços, o registro de observações de campo e a coleta de amostras para análises de águas, em etapas de campo que também serviram para georreferenciar, descrever e registrar dados e informações coletadas e amostras para análises de águas. Os dados foram processados e gerados mapas de uso e cobertura da terra, de APPs e conflitos legais e de extensão de lâminas de águas de mananciais superficiais, utilizando os aplicativos Terrahidro/Terraview 086x e o Qgis na versão 3.16.11. Com o mapa de uso e cobertura das terras foi constatado que as pastagens recobrem 30% da área da bacia, seguida da caatinga arbóreo-arbustiva aberta, com 21,9%. Os campos antropizados, ocupados por atividades agrícolas, representam 19%, e as lâminas de corpos d’água ocupam 0,9% da superfície dos terrenos. O mapa de uso e cobertura da terra nas APPs mostra que 32,9% dessas áreas são ocupadas por pastagens, e 8,1%, por atividades antrópicas. Dados e informações de campo validam os resultados e atestam que os conflitos legais e a degradação ambiental na bacia estão amplamente distribuídos, com maiores impactos nas áreas de nascentes, e estritamente associados à ocupação humana desordenada. Dos 164 poços cadastrados na bacia, 132 deles não contêm informação sobre situação. Do total de poços cadastrado, 149 são de natureza privada com profundidade que varia de 3 a 160 metros, 46 não constam as profundidades, e apenas 3 poços privados possuem informações sobre qualidade da água. Dos poços públicos 14 são tubulares, com profundidades que variam de 18 a 85 metros, e apenas três apresentam informações completas sobre qualidade da água. As análises mostram, em síntese, que as três coletas realizadas em poços atualmente se encontram impróprias para consumo humano, devido seu pH se encontrar abaixo de 6 e pela presença de coliformes termotolerantes em todas as amostras dos poços, conforme a resolução Conama 396 de 2008. A disponibilidade hídrica de mananciais superficiais se encontra comprometida com relação a sua qualidade para consumo nas comunidades rurais e seu uso é arriscado sem que haja um tratamento prévio. Os resultados desta pesquisa indicam que a ocupação humana na Bacia Hidrográfica do Rio Guajiru vem contribuindo para impactar e degradar os recursos naturais, sobretudo, os mananciais superficiais. Constata-se a necessidade de novas pesquisas para que sejam geradas mais informações que contribuam com o adequado planejamento do uso da terra e da água, com foco na recuperação ambiental e reordenamento territorial de áreas de preservação permanente. 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JEAN LEITE TAVARES - IFRN
Interna - 1298966 - RAQUEL FRANCO DE SOUZA
Presidente - 1249023 - SEBASTIAO MILTON PINHEIRO DA SILVA
Notícia cadastrada em: 02/05/2023 15:08
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