Banca de DEFESA: BRENDA SUELLEN FRANKLIN DE FARIAS GOMES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BRENDA SUELLEN FRANKLIN DE FARIAS GOMES
DATA : 23/02/2018
HORA: 08:30
LOCAL: Anfiteatro das Aves, Centro de Biociências, UFRN
TÍTULO:

PESCA ESPORTIVA MARINHA E SUAS IMPLICAÇÕES AMBIENTAIS

PALAVRAS-CHAVES:

Conservação, Pesca Subaquática, Pesca Costeira, Pesca Esportiva. 

PÁGINAS: 63
RESUMO:

Neste trabalho, em seu primeiro capítulo, avaliou-se as espécies visadas pelos pescadores esportivos subaquáticos no Brasil, divididos em regiões geográficas (NE, SE e S), considerando sua categoria trófica e mudança ao longo do tempo no tamanho do peixe troféu, como possíveis indicadores de algum desequilíbrio ecológico. Também foi analisado como os pescadores percebem este tipo de pesca, os aspectos de conservação ambiental da atividade e implementação de iniciativas de regulamentação. Utilizou-se um questionário on-line.  Embora os pescadores tenham considerado que sua pesca não cause impacto nas populações de peixes, os resultados sugerem uma tendência decrescente no tamanho do maior peixe capturado por cada entrevistado ao longo do tempo. Os peixes carnívoros são o alvo preferencial da pesca esportiva subaquática (coincidindo com os resultados da pesca de anzol no segundo capítulo). No entanto, as regiões divergem em números de espécies-alvo, com os pescadores do Nordeste visando um maior número de espécies de interesse. Além disso, a região NE também apresentou o maior número de pescadores subaquáticos que não conhecem regras de pesca ou zoneamento específico para a atividade, embora este tipo de conhecimento tenha sido limitado em todos os lugares. No segundo capítulo, analisamos a pesca esportiva de beira de praia, onde o pescador tende a não selecionar o tamanho dos peixes (pesca de anzol), capturando grandes quantidades de peixes pequenos e imaturos. Essa remoção seletiva pode ao longo do tempo alterar a estrutura da cadeia alimentar, a capacidade reprodutiva e fenotípica, e as características genotípicas das espécies. A forma como os peixes exploram sua alimentação e os itens que ingerem preferencialmente determinam o seu nível trófico na cadeia alimentar e o conceito de nível trófico é relevante para melhorar o conhecimento da estrutura e funcionamento do ecossistema, representando desta forma um importante indicador para avaliar a interação entre as pescarias e o ecossistema marinho. Este capítulo, visa responder se a pesca esportiva é capaz de causar ou indicar evidências de efeitos negativos para comunidade ictiofaunística costeira. Os dados (nome do peixe, peso) foram coletados a partir do acompanhamento de campeonatos de pesca esportiva de beira de praia. Os resultados demonstraram uma grande variação no número de campeonatos ao longo dos anos, com resultado de aumento do número de peixes capturados de acordo com o número de campeonatos, havendo uma tendência do aumento na captura total, embora, o peso total capturado por pescador durante cada evento tenha sido baixo. Ainda, o nível trófico apresentou valores instáveis. Entretanto, os dados reconstruídos por este trabalho demonstram uma fonte importante de informações, mediante a lacuna de dados para a pesca esportiva marinha. Essa lacuna, prejudica a tomada de decisão pelos gestores, além da contribuição para uma melhoria da conservação dos estoques e do ecossistema marinho como, por isso, os resultados gerais sugerem a necessidade de uma regulamentação adequada da atividade, adaptada às características de cada região brasileira. Isto inclui o desenvolvimento ou a aplicação efetiva da legislação em relação às espécies-alvo e também um conhecimento mais difundido sobre as regras que se aplicam à pesca esportiva. 

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1149351 - JORGE EDUARDO LINS OLIVEIRA
Externo à Instituição - KATIA DE MEIRELLES FELIZOLA FREIRE - UFS
Presidente - 1718747 - PRISCILA FABIANA MACEDO LOPES