Banca de DEFESA: LARISA MARIA DA SILVA LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LARISA MARIA DA SILVA LIMA
DATA : 28/08/2017
HORA: 14:30
LOCAL: Anfiteatro das Aves, Centro de Biociências, UFRN
TÍTULO:

Produção de mudas de Aroeira (Myracrodruon urundeuva Fr. Allemão) visando sua conservação e percepção das comunidades num município do semiárido sobre seu uso sustentável


PALAVRAS-CHAVES:

Aroeira, caatinga e conservação.


PÁGINAS: 64
RESUMO:

A aroeira (Myracrodruon urundeuva Fr. All.), pertencente à família Anacardiaceae, ocorre nos biomas da caatinga e do cerrado. Amplamente explorada devido a sua madeira pesada e praticamente imputrescível, e por causa das suas propriedades medicinais. Por esses motivos, a aroeira está na lista oficial de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção, na classe vulnerável. Portanto, é uma espécie que deve-se dar ênfase a estudos sobre a percepção ambiental das pessoas em relação a espécie e a definição dos protocolos e estratégias que favoreçam a produção de mudas com qualidade. Este trabalho teve três capítulos, nos quais os objetivos foram: testar a germinação da aroeira em diferentes substratos comuns, testar a produção de calos de aroeira em diferentes concentrações do hormônio fitoregulador 2,4D afim de criar uma protocolo para a produção em grande escala de mudas e avaliar a a percepção ambiental dos moradores do município de Baraúna, bem como captar os seus conhecimentos tradicionais sobre a Myracrodruon urundeuva. No primeiro capítulo as sementes foram cultivadas nos substratos areia; argila; areia misturada com argila, 50% de cada; areia com húmus, 50% de cada; argila com húmus, 50% de cada; e argila com areia e húmus, 25% de areia, 25% de argila e 50% de húmus, foram feitas observações e regas diárias durante 15 dias, para calcular a porcentagem, o tempo médio e a velocidade média de germinação. A espécie apresentou os piores resultados em todos os parâmetros com os substratos que possuíam húmus, os substratos areia+argila e areia apresentaram os melhores resultados. No segundo capítulo foram usados segmentos foliares de 1cm ² e quatro concentrações diferentes do hormônio 2,4D, que foram: 2,32 µM, 4,64 µM, 6,96 µM e 9,28 µM. Os resultados mostraram que a melhor concentração para o desenvolvimento dos calos foi de  4,64 µM e que quase todas os explantes oxidaram, confirmando a necessidade de um meio com agentes antioxidantes. No terceiro capítulo foram realizados 101 entrevistas semi estruturadas de 25 a 28 de fevereiro de 2017, através de questionários abordando os seguintes aspectos: a) dados pessoais, b) Dados socioeconômicos, c) informações sobre o conhecimento, d) sobre o uso medicinal e e)  sobre uso da madeira. Constatou-se que grande parte dos entrevistados acham a Caatinga importante em algum nível; mais da metade dos entrevistados notaram que a aroeira está diminuindo em algum grau; as propriedades medicinais da aroeira são conhecidas pelos entrevistados, principalmente pela sua ação anti-inflamatória; muitos ainda usam a aroeira para tratar doenças com extratos feitos da casca; e pouco se registrou de uso madeireiro. Os resultados gerados por essa pesquisa definiu protocolos de cultivo tanto ex vitro quanto in vitro, além de confirmar a grande popularidade da aroeira, o que a torna ainda mais vulnerável. Nesse sentido, estudos sobre o cultivo e percepção ambiental de espécies florestais ameaçadas podem ser precursores de modelos e mecanismos, seja para o manejo, bem como para a recuperação de suas populações naturais.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1869376 - JOSE HAMILTON DA COSTA FILHO
Presidente - 350231 - MAGDI AHMED IBRAHIM ALOUFA
Externo à Instituição - NATONIEL FRANKLIN DE MELO - EMBRAPA
Notícia cadastrada em: 11/08/2017 11:32
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