A PESCA ESPORTIVA SUBAQUÁTICA E SEUS IMPACTOS EM ESTOQUES PESQUEIROS
Pesca recreativa, arpão, conservação
A pesca recreativa traz consequências negativas para populações de peixes e aos ecossistemas. O objetivo do trabalho é verificar se há variação na captura de espécies de ictiofauna pelos pescadores submarinos e a sua classificação, bem como a sua relação na cadeia trófica e contribuição para um possível desequilíbrio ecológico. Outro objetivo é analisar se os pescadores possuem uma percepção quanto a pesca, os aspectos de conservação e regulamentação da atividade. Foi aplicado um questionário online, através de uma plataforma livre do tipo googleforms, para pescadores subaquáticos. Dos 214 questionários respondidos, observou-se o perfil do pescador como do sexo masculino, entre 36 e 52 anos, nível superior de escolaridade, renda entre 2 a 5 salários mínimos, e que não dependem desta pesca na complementação da renda familiar. Os pescadores consideram que a pesca subaquática não causa impacto nas populações de peixes, no entanto os resultados mostraram uma diminuição no tamanho dos peixes capturados com o tempo. Referente as categorias tróficas os resultados demonstraram que os peixes carnívoros apresentam uma maior abundância de captura pela pesca esportiva subaquática nas três regiões analisadas, esse padrão condiz com a seletividade do tipo de pesca. O nordeste apresentou mais espécies citadas em relação às outras regiões, podendo-se inferir que é uma região que apresenta menos áreas proibidas para pesca. As áreas de proteção marinha são importantes ferramentas para manutenção de ecossistemas marinhos. Portanto os resultados são valiosos para os processos de tomada de decisão pela gestão dos ecossistemas costeiros, essencial para elaboração de planos de manejo, regulamentação da atividade contribuições para a minimização dos danos a diversidade aquática local, contemplando a pesca subaquática.