Banca de DEFESA: LUANA CARLOS FERREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUANA CARLOS FERREIRA
DATA : 06/03/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Reuniões, Centro de Biociências, UFRN
TÍTULO:

DESERTO NA COMUNICAÇÃO: AS RELAÇÕES ENTRE CIÊNCIA, MÍDIA E PODER E SEUS REFLEXOS NA PERCEPÇÃO SOBRE DESERTIFICAÇÃO NO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

desertificação, divulgação científica, mídia, engajamento social


PÁGINAS: 47
RESUMO:

A desertificação é um problema ambiental grave cujo enfrentamento depende da compreensão de suas complexas relações ecológicas, sociais e climáticas pela ciência. No Brasil, ela atinge o Semiárido, ameaçando a fertilidade dos solos e a biodiversidade da Caatinga, bioma que só existe no país e ainda não é completamente conhecido pela ciência. A continuação do processo pode ainda por em risco a segurança alimentar e hídrica e provocar a migração de milhares de pessoas. As iniciativas governamentais de combate ao problema, no entanto, não passaram do âmbito da formulação de políticas à ação, e a sociedade também parece não perceber a urgência da questão. Uma das formas de promover o engajamento social é a divulgação de informações, cientificas ou não, pelos meios de comunicação de massa, mas suas narrativas podem estar marcadas por interesses políticos e econômicos. Assim sendo, o objetivo geral deste trabalho é analisar a produção científica e a narrativa da mídia impressa brasileira sobre desertificação, inclusive do ponto de vista da divulgação. Nessa perspectiva, inicialmente foi realizado um panorama da produção científica sobre o tema através de análise cienciométrica dos artigos científicos publicados entre 2005 e 2014. Em seguida, notícias e reportagens publicadas pelo jornal impresso Folha de São Paulo entre 1994 e 2015 foram submetidas à análise de conteúdo. A produção científica aumentou ao longo do tempo, mas a maior parte não é acessível nas principais bases de dados internacional e nacional, possui caráter disciplinar e não vem sendo continuada ao longo do tempo. Já o jornal impresso raramente fala sobre desertificação, e quando o faz é de maneira descontextualizada ou catastrófica, sem espaço para o contraditório, dando pouca voz aos cientistas e quase nenhuma à sociedade.  É necessário, portanto, investir mais em pesquisas multidisciplinares e de longo prazo que compreendam o problema e busquem soluções na sua integralidade; ao mesmo tempo incentivar a participação social nas discussões científicas, na formulação de políticas e na gestão de estratégias de combate à desertificação através da divulgação de informação contextualizada, crítica e continuada.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1121066 - ELIZA MARIA XAVIER FREIRE
Externo à Instituição - FRANCISCO JOSÉ PEGADO ABÍLIO - UFPB
Externo ao Programa - 3212477 - LUIZ FERNANDO DAL PIAN NOBRE
Notícia cadastrada em: 03/03/2017 17:25
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