ANÁLISE DA MOBILIDADE URBANA DE NATAL/RN A PARTIR DO USO DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
mobilidade urbana, acessibilidade urbana, políticas públicas, sustentabilidade, índice de mobilidade urbana sustentável.
Na atualidade, a mobilidade urbana se apresenta como um dos principais desafios das grandes e médias cidades brasileiras, pois apresenta sinais de insustentabilidade, principalmente em decorrência do incremento no sistema de transporte motorizado, especialmente o individual. Diante disso, torna-se evidente que a mobilidade, considerada de especial interesse para o desenvolvimento urbano sustentável, vem enfrentando uma crise que se reflete em externalidades negativas, sobretudo no que se refere aos congestionamentos, aos acidentes, à poluição atmosférica, à exclusão social, entre outros. A complexidade desses problemas exige uma análise integrada alicerçada nos princípios da sustentabilidade. Nesse sentido, buscando compreender tal problemática e na tentativa de minimizar os diversos impactos dela decorrentes, Costa (2008) propôs o Índice de Mobilidade Urbana Sustentável (IMUS) com o objetivo de oferecer uma metodologia capaz de avaliar aspectos pertinentes à mobilidade, incluindo as dimensões social, política, econômica e ambiental. Diante do exposto, elegeu-se como principal objetivo deste estudo analisar a mobilidade urbana de Natal/RN na perspectiva da sustentabilidade. Como objetivos específicos buscá-se analisar a mobilidade urbana de Natal, utilizando como ferramenta o IMUS tanto para a cidade como um todo, quanto para cada uma das suas quatros Regiões Administrativas; avaliar as condições de acessibilidade urbana em Natal e verificar em que medida o acesso a serviços e equipamentos urbanos é facilitado ou dificultado em virtude da localização e do poder aquisitivo da população. Para tanto, fez-se necessário o uso de pesquisa bibliográfica, documental e de campo. O índice, que varia de 0,00 e 1,00, revelou para Natal o valor Global de 0,510, e no que se refere às suas regiões administrativas demonstrou que há diferenças percentuais muito pequenas em relação ao índice global calculado para a cidade. O desempenho do IMUS por região administrativa evidenciou que, embora existam diferenças, os resultados ficaram muito próximos, com variações entre 0,494 e 0,537. No que tange particularmente à acessibilidade urbana, verifica-se que Natal apresenta-se como uma cidade desigual e essa iniquidade, que não é apenas de renda, se reflete nas questões relacionadas à acessibilidade e, consequentemente, à mobilidade urbana.