PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Telefone/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de QUALIFICAÇÃO: RENATA CRISTINA CORTE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RENATA CRISTINA CORTE
DATA : 13/09/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do departamento de fisioterapia
TÍTULO:

Efeitos da Reabilitação Cardíaca em pacientes portadores de ressincronizador cardíaco.


PALAVRAS-CHAVES:

Reabilitação cardíaca; ressincronizador cardíaco; exercício; 


PÁGINAS: 75
RESUMO:

INTRODUÇÃO. A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) é indicada para pacientes com disfunção ventricular grave, estágios avançados de IC e refratários ao tratamento convencional. É uma modalidade de estimulação cardíaca artificial que tem o objetivo de corrigir disfunções eletromecânicas do coração, que reduzir a morbimortalidade e o remodelamento reverso em indivíduos com IC e vem sendo amplamente utilizada nos últimos anos demonstrando melhora dos sintomas, da capacidade de exercício e da função ventricular. As adaptações centrais oriundas da TRC são aceitas como benéficas no tratamento da IC com disfunção ventricular grave. No entanto, é sabido que a causa da intolerância ao exercício na insuficiência cardíaca (IC) é multifatorial, além de alterações centrais, com baixa reserva cardíaca, alteração periférica com disfunção da musculatura esquelética e baixa reserva pulmonar contribuem para a baixa capacidade de exercício. OBJETIVOS. Avaliar e comparar os efeitos de um programa de reabilitação cardíaca em pacientes com IC portadores da TRC. MÉTODOS. Os pacientes foram encaminhados ao ambulatório de reabilitação cardíaca pelo médico cardiologista e incluídos na pesquisa aqueles que apresentaram diagnóstico de IC comprovado por exame clínico e por ecocardiograma, implante de ressincronizador cardíaco por pelo menos três meses, com classe funcional I, II e III, segundo a New York Heart Association (NYHA) e com FE reduzida e preservada e compuseram o grupo IC+TRC. Foi incluída na pesquisa uma análise retrospectiva de pacientes com IC sem ressincronizador cardíaco ou qualquer tipo de marcapasso que realizaram reabilitação cardíaca no período de outubro de 2014 a fevereiro de 2018 que compuseram o grupo IC.  Todos os pacientes realizaram avaliação clínica, antropométrica e espirométricas. Em um segundo momento os mesmo realizaram o teste de esforço cardiopulmonar (TECP) utilizando esteira convencional.  Em todos os testes foram tomadas as medidas ventilatórias (VE-ventilação por minuto, VE/VO2-equivalente ventilatório de oxigênio, VE/VCO2-equivalente ventilatório de dióxido de carbono, RER-razão de troca gasosa) e metabólicas (VO2-consumo de oxigênio, VCO2-produção de dióxido de carbono) dos gases expirados (breath-by-breath) com sistema de análise de gases respiratórios (Cortex-Biophysik-Metamax3B), além das variáveis de percepção de esforço (fadiga e dispneia – Borg6-20), de FCmáx (Frequência cardíaca máxima) e pressões arterial sistólica e diastólica. As sessões de reabilitação cardíaca foram realizadas três vezes na semana, por 12 semanas, como prescrição de exercício individualizada. Um novo TECP foi realizado ao após as 12 semanas de treinamento. Foi utilizado o software SPSS na versão 20,0 para a análise estatística sendo atribuído um valor de 5% para testar as hipóteses. RESULTADOS PRELIMINARES. Foram elegíveis para o estudo 18 pacientes com IC portadores da TRC e 8 foram excluídos pois não participaram de todas as etapas do estudo, totalizando 10 indivíduos analisados. Para o grupo IC foram elegíveis 69 pacientes, no entanto 47 foram excluídos, totalizando 22 pacientes analisados. Os pacientes apresentaram idade média de 52±13 anos, com prevalência do sexo masculino (68,7%), com FE média de 34±5% e 46,8% de etiologia isquêmica. O grupo IC+TRC apresentou CF estatisticamente maior (2,2±0,6) do que os pacientes do grupo IC (1,6±0,5; p=0,02).  Após a reabilitação cardíaca a média de aumento no tempo de teste foi de 136,9 segundos no grupo IC e 142,8 segundos no grupo IC+TRC. Após a reabilitação cardíaca os pacientes do grupo IC apresentaram um aumento médio de 4,9 mL/Kg/min de VO2 pico e os pacientes do grupo IC+TRC um aumento de 2,19 mL/Kg/min e a porcentagem predita média do VO2 pico aumento de 61 para 76% e de 57 para 67%, respectivamente. Além disso, os pacientes do grupo IC apresentaram aumento do VO2 pico no LA (15,7±5 para 18±5,5 mL/Kg/min) e no tempo de LA (252±92 para 366±102 segundos). Adicionalmente, esse grupo apresentou melhora da eficiência ventilatória, refletida pelos valores de VE/VCO2 e VE/VCO2 slope (35,4±6 para 32±5,7).


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 1143199 - MARIA DO SOCORRO LUNA CRUZ
Externa à Instituição - RENATA CARLOS FELIPE
Presidente - 1149619 - SELMA SOUSA BRUNO
Notícia cadastrada em: 03/09/2019 15:51
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