PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Telefone/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de DEFESA: KAREN DE MEDEIROS PONDOFE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KAREN DE MEDEIROS PONDOFE
DATA : 10/12/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório de departamento de fisioterapia
TÍTULO:

Teste de elevação do calcanhar bipodal cadenciado externamente: reprodutibilidade e valores de referência em adultos saudáveis 


PALAVRAS-CHAVES:

Resistência física. Força muscular. Doenças vasculares. Fadiga.


PÁGINAS: 79
RESUMO:

Introdução: A resistência muscular é uma característica importante para a prevenção de lesões musculotendíneas e do sistema vascular periférico. O teste de elevação do calcanhar (TEC) atualmente auxilia nos achados clínicos de força e endurance muscular do tríceps sural, durante as repetições do movimento de flexão plantar. Entretanto, os protocolos do teste descritos na literatura possuem grande variabilidade, divergindo quanto à vários parâmetros como posição inicial, altura alcançada, cadência de execução, suporte de equilíbrio, tipo de apoio podal, posicionamento do joelho, critérios e medidas de resultado.  Acreditamos que a elaboração de um protocolo com cadência externa (TECCE) e apoio bipodal pode ser um instrumento sensível e seguro para identificar as limitações funcionais. Objetivos. O presente estudo teve como objetivo principal elaborar um protocolo para aplicação TECCE com apoio bipodal em adultos saudáveis e avaliar sua confiabilidade e reprodutibilidade intra-avaliador. Secundariamente, determinar os valores de referência do TECCE bipodal e propor equações de predição para essa população. Métodos. O estudo foi caracterizado como observacional e transversal, com adultos saudáveis de ambos os sexos, idades entre 20 e 59 anos, com IMC<30 Kg/m2. Para a coleta dos valores de referência, a aplicação foi multicêntrica (Natal/RN, Curitiba/PR e Belo Horizonte/MG). A análise das propriedades de medida do teste foram realizadas com os dados coletados em um subgrupo da região metropolitana de Natal/RN. Todos os sujeitos incluídos no estudo foram submetidos ao protocolo com cadência de 60 elevações/minuto, partindo de 10º de dorsoflexão, para avaliação do número de elevações, da percepção de dor antes e depois do teste, dor com 24 horas e 48 horas após o teste e da percepção de esforço inicial e final. O teste-reteste foi realizado com um intervalo de uma semana, para a análise de confiabilidade e reprodutibilidade do protocolo de TECCE.. Análise estatística. Utilizou-se os testes de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk para normalidade dos dados. O teste de Mann-Whitney e o Teste de Kruskall-Wallis com post-hoc de Dunn para comparações entre as variáveis. O Coeficiente de Correlação Intraclasse para análise de confiabilidade intra-avaliador. O método de comparação de Bland-Altman para análise de concordância e a correlação de Pearson para associação entre os testes. Resultados. Foram avaliados 140 adultos saudáveis da região metropolitana de Natal/RN, porém só foram analisados 112 (52 homens) voluntários, com idade de 25 (23-33) anos para homens e 25 (23,2-34) anos para mulheres e IMC < 25,0 Kg/m2. O teste demonstrou ser de fácil compreensão, seguro e simples para ser realizado na prática clínica. Nos desfechos de desempenho da amostra total, os homens apresentaram um melhor desempenho com maior nº de elevações (p<0,02), principalmente na faixa etária de 20 a 29 anos (p=0,03), comparados com as mulheres. Os principais sintomas relatados foram a sensação de queimação (54,5%) e de cansaço (22,3%). Os participantes relataram dor ao final do teste de intensidade moderada  4 (3-6) e de intensidade leve 2 (1-3) após 24 horas. Após 48 horas ainda se manteve leve, porém com relatos de aumento de intensidade para 3 (1-5), sendo mais incomoda. Para toda a amostra, a fadiga limitante do teste alcançou uma um nível moderado de intensidade 3 (2-4), com uma significância antes e após o teste de p<0,0001. Para análise de confiabilidade e reprodutibilidade, utilizamos uma amostra de 21 adultos e encontramos um CCI de 0,98, com excelente confiabilidade. A correlação de Pearson foi de r=0,98, com um coeficiente de determinação r2=0,96 (p<0,0001). O modelo de dispersão de Bland-Altman apresentou um viés de -0,76, estando 85% da amostra incluídos dentro dos limites de concordância. Conclusões. O TECCE com apoio bipodal foi considerado um método avaliativo de fácil realização, com prática clínica e padronização do posicionamento mais adequado e seguro para indivíduos adultos, e a cadência foi adequada para promover a frequência do movimento de flexão plantar e atingir a fadiga máxima. Além disso, o estudo evidenciou uma boa reprodutibilidade das variáveis analisadas, confirmando a confiabilidade do teste em apenas 1 realização. Não foi possível obter os valores de referência e equações de predição devido a pequena representatividade da amostra de 40 a 59 anos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - RENATA CARLOS FELIPE
Interno - 2319151 - TATIANA SOUZA RIBEIRO
Presidente - 5566309 - VANESSA REGIANE RESQUETI FREGONEZI
Notícia cadastrada em: 27/11/2018 14:53
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