PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Telefone/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de QUALIFICAÇÃO: CRISTIANO DOS SANTOS GOMES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CRISTIANO DOS SANTOS GOMES
DATA : 06/10/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Fisioterapia
TÍTULO:

PREVALÊNCIA DE FRAGILIDADE EM IDOSOS E FATORES ASSOCIADOS SOB A PERSPECTIVA DO CURSO DA VIDA: ANÁLISES DO INTERNATIONAL MOBILITY IN AGING STUDY – IMIAS


PALAVRAS-CHAVES:

Epidemiologia, Envelhecimento, Fragilidade, Abuso físico na infância, Violência doméstica, Gravidez na adolescência, Paridade.


PÁGINAS: 94
RESUMO:

Introdução: O crescimento da população idosa é uma realidade mundial que traz repercussões diretas para a sociedade. Apesar do processo de envelhecimento não estar, necessariamente relacionado às doenças e incapacidades, muito processos patológicos também ocorrem como parte dele. A síndrome de Fragilidade, um estado de vulnerabilidade e de respostas homeostáticas deficientes após um evento estressor que ocorre como consequência do declínio cumulativo de múltiplos sistemas fisiológicos ao longo da vida, é uma das expressões mais problemáticas do envelhecimento populacional. Essa síndrome constitui um tópico importante a partir de uma perspectiva social, pois identifica grupos de pessoas com necessidade de atenção médica adicional e em alto risco de se tornarem dependentes. Nesse contexto, a epidemiologia do curso da vida estuda os efeitos na saúde em longo prazo de experiências biológicas, comportamentais e psicossociais no decorrer da vida. O estudo “International Mobility In Aging Study – IMIAS” lança mão da abordagem do curso da vida para contribuir com o conhecimento acerca dos desfechos relacionados à saúde de idosos em quatro países com distintos perfis epidemiológicos. Objetivos: Estimar a prevalência de fragilidade nos idosos participantes do estudo; Analisar a relação entre adversidades ao longo do curso da vida e a síndrome de fragilidade na velhice. Materiais e Métodos: Tratam-se de estudos transversais associados a um estudo de coorte maior (IMIAS) do qual participaram na primeira avaliação (n= 2002) idosos de ambos os sexos com faixa etária entre 65 e 74 anos residentes na comunidade em localidades distintas (Kingston e Saint-Hyancinthe, Canadá; Tirana, Albânia; Manizales, Colômbia e Natal, Brasil). Foram coletadas informações referentes a variáveis sociodemográficas, econômicas e de saúde experienciadas ao longo do curso da vida. A síndrome de fragilidade foi operacionalizada de acordo com os critérios propostos por Linda Fried para o fenótipo físico de fragilidade. Medidas de dispersão e de tendência central foram utilizadas para caracterização da amostra, análises bivariadas, multivariadas e de mediação foram empregadas quando oportuno a fim de atingir os objetivos propostos. Resultados: A prevalência de fragilidade variou de acordo com os locais de estudo sendo menor no Canadá e maior no Brasil. Em Tirana e Natal as mulheres se mostraram mais frágeis que os homens. Após análise multivariada ajustada por covariáveis os idosos que reportaram ter sofrido abuso físico na infância apresentaram maior prevalência de fragilidade na velhice (OR=1.68; 95% CI: 1.01; 2.78) e o mesmo foi observado entre aqueles expostos a violência psicológica perpetrada pelo parceiro íntimo (OR= 2.07; 95% CI: 1.37; 3.12). Os efeitos da violência física na infância foram totalmente mediados pela presença de condições crônicas e sintomatologia depressiva enquanto que os efeitos da violência perpetrada pelo parceiro íntimo foi parcialmente mediada por estas mesmas variáveis. Entre as mulheres, ter filho antes dos 20 anos foi associado com maior prevalência de fragilidade (OR 2.15, 95%CI: 1.24-3.72), aquelas que tiveram 1-2 filhos apresentaram menores índices de pré-fragilidade status (OR 0.54, 95%CI 0.36-0.82)  e fragilidade (OR 0.43 95%CI 0.22-0.86) e ter realizado histerectomia foi considerado um fator que contribui de forma independente para uma maior prevalência de fragilidade em todos os modelos. Conclusões: Abuso físico na infância, experiências de violência psicológica na vida adulta deixam marcas na trajetória de vida levando a desfechos adversos a saúde na velhice. Idade do primeiro filho, paridade e histerectomia são fatores que devem ser considerados como indicadores de saúde da mulher e parecem contribuir para a maior prevalência de fragilidade em mulheres quando comparada aos homens.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALINE DO NASCIMENTO FALCAO FREIRE MONTE - Estácio
Externo ao Programa - 1195933 - ANA CAROLINA PATRICIO DE ALBUQUERQUE SOUSA
Presidente - 350637 - RICARDO OLIVEIRA GUERRA
Notícia cadastrada em: 02/10/2017 14:13
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