PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Telefone/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de DEFESA: YANNA FERREIRA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : YANNA FERREIRA DA SILVA
DATA : 03/12/2016
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório do Departamento de Fisioterapia
TÍTULO:

Efeitos imediatos da adição de carga sobre a marcha de crianças com Hemiplegia Espástica e com desenvolvimento motor típico


PALAVRAS-CHAVES:

Atividade motora; Hemiplegia; Marcha; Suporte de carga; Paralisia Cerebral.


PÁGINAS: 60
RESUMO:

 

INTRODUÇÃO: Crianças com Paralisia Cerebral (PC) diferentemente de crianças com desenvolvimento motor típico apresentam distintos padrões motores compensatórios mediante as demandas exigidas durante a marcha. Existe ainda uma lacuna para a diferenciação da marcha normal e a patológica entre crianças mediante o uso de uma perturbação externa durante a locomoção, havendo a necessidade de estudos que possibilitem melhor entendimento a respeito de tais diferenças. OBJETIVO: Comparar os efeitos imediatos da adição de carga sobre a marcha de crianças com Paralisia Cerebral e crianças com desenvolvimento motor típico durante a marcha. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo quase experimental. A amostra foi constituída por 39 crianças com idades de cinco a 12 anos, divididas em dois grupos: Grupo PC (n=20) formado por crianças com PC do tipo hemiplégica; e o Grupo DT (n=19) formado por vinte crianças com desenvolvimento motor típico. As crianças com PC foram avaliadas quanto ao seu nível de funcionalidade (GMFCS - Sistema de Classificação da Função Motora Grossa), função motora grossa (GMFM - Gross Motor Function Measure), grau de espasticidade muscular (Escala Modificada de Ashworth) e quanto aos dados antropométricos. As crianças do grupo DT foram pareadas quanto à idade e sexo com as crianças do grupo PC. A marcha foi avaliada pelo sistema Qualisys® e todos os voluntários executaram o protocolo do treino, na esteira Gait Trainner System 2®, dividido em 3 fases: antes da adição da carga (fase PRÉ), imediatamente após a remoção da carga (fase IME) e 8 minutos após a remoção da carga (fase RET). O protocolo avaliativo da marcha consistiu em uma única sessão de treino. As medidas de desfechos foram as variáveis angulares das articulações do quadril e joelho, a altura máxima do pé e as variáveis espaço temporais. Os dados foram analisados pelo programa SPSS 20.0, atribuindo nível de significância de 0,05. Para a comparação entre as fases foi realizada a ANOVA one way para medidas repetidas em ambos os grupos. O teste t Student foi realizado para comparação entre membro parético das PCs e o não dominante das crianças típicas. RESULTADOS: Na comparação entre as fases do protocolo, os resultados mostraram que as crianças PCs apresentaram aumento da flexão máxima (p=0,000) e amplitude do movimento (p=0,013) do joelho parético e da altura do pé (p=0,001) parético imediatamente após a retirada da carga. Os efeitos não foram retidos após os cinco minutos de repouso. As crianças típicas apresentaram aumento das amplitudes do quadril (p=0,037) e do joelho (p=0,019) do membro não dominante e maior altura do pé do membro não dominante (p=0,009), imediatamente após o uso da carga entre as fases PRÉ e IME. Na comparação intermembros, foi observada maior flexão do quadril no membro parético na fase PRÉ (p=0,001), na fase IME (0,000) e na fase RET (0,001) quando comparado ao membro não dominante. A extensão do quadril parético também foi maior na fase PRÉ (0,02), na fase IME (0,002) e na fase RET (0,005). A articulação do pé parético mostrou maior altura do que o pé do membro não dominante das crianças típicas, na fase PRÉ (p=0,000), na fase IME (p=0,000) e na fase RET (p=0,000). CONCLUSÃO: As crianças com PC e as crianças com desenvolvimento motor típico apresentaram ajustes motores mediante a carga imposta no membro parético e no membro não dominante, respectivamente. As crianças com PC demonstraram que apesar de um padrão motor alterado decorrente da lesão, um novo comportamento motor emergiu a partir das capacidades remanescentes e das demandas da tarefa, enquanto que nas crianças típicas as respostas à carga refletiram o repertório de estratégias com controle motor intacto que estas crianças poderiam adotar para vencer a resistência imposta aos membros.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2179208 - ANA RAQUEL RODRIGUES LINDQUIST
Externo à Instituição - RAQUEL DE PAULA CARVALHO - UNIFESP
Interno - 2319151 - TATIANA SOUZA RIBEIRO
Notícia cadastrada em: 23/11/2016 14:04
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