PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Telefone/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de DEFESA: ANA TEREZA DO NASCIMENTO SALES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA TEREZA DO NASCIMENTO SALES
DATA: 23/11/2015
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório do Departamento de Fisioterapia
TÍTULO:

DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO TECNOLÓGICA DE DISPOSITIVO PARA AVALIAÇÃO DINÂMICA DE MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS.


PALAVRAS-CHAVES:

Exercícios respiratórios; mecânica respiratória; modalidades de fisioterapia; músculos
respiratórios;


PÁGINAS: 44
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional
RESUMO:

INTRODUÇÃO: As mudanças na mecânica respiratória devido as modificações nos músculos respiratórios, impostas pelas doenças obstrutivas ou restritivas determinam alterações secundárias nos pulmões e na parede torácica, que a longo prazo, limitam a atividade da ventilação. Avaliar os músculos respiratórios é essencial para monitorar os desfechos clínicos nestas doenças. Existem diferentes métodos para avaliar o sistema respiratórios, técnicas invasivas e não invasivas; entretanto, nenhuma técnica tem relação com processo de limitação ventilatória, em seu aspecto dinâmico da respiração. O objetivo do estudo foi realizar o desenvolvimento tecnológico e validação clinica de um equipamento que permita a avaliação dinâmica dos músculos respiratórios assim como descrever evidências sobre testes de endurance dos músculos respiratórios em atletas e não-atletas através de revisão sistemática e metanálise. Especificamente, foram realizados: a) uma revisão sistemática sobre avaliação de endurance de músculos respiratórios após a realização de treinamento muscular respiratório em atletas e não-atletas; b) a descrição e funcionamento do equipamento desenvolvido e c) avaliação clínica do equipamento com sujeitos saudáveis e pacientes com diagnóstico de doenças cardíacas (DC), doenças respiratórias (DR) e esclerose lateral amiotrófica (ELA). MÉTODOS: A metodologia foi divida em 3 estudos vinculados entretanto independentes. Metodologia 1: revisão sistemática com busca eletrônica realizada nas seguintes bases de dados, MEDLINE, EMBASE, CINHAL e SPORTDiscus com termos derivados dos conceitos de treinamento muscular respiratório (TMR) e avaliação de endurance de músculos respiratórios. As comparações realizadas com metanálise objetivaram avaliar os resultados obtidos nos testes de endurance após treinamento muscular respiratório em atletas e não-atletas; metodologia 2: desenvolvimento de dispositivo de avaliação dinâmica da respiração em colaboração com o Departamento de Eletrônica, Informação e Bioengenharia do Politécnico de Milão na Itália.
A arquitetura do dispositivo consiste em uma peça em nylon em formato de T, onde a haste horizontal é utilizada como apoio manual; em uma das extremidades da haste vertical há uma peça de formato cônica e na outra extremidade o acoplamento bocal. Na extremidade cônica encontra-se o motor de passo e um peça de orifícios que se move eletronicamente. O mesmo tem capacidade de limitar a respiração através de cinco níveis de orifícios de oclusão associado a um controlador automático e software que se conecta a um computador pessoal; e metodologia 3: dois protocolos experimentais com o dispositivo no qual foram testadas nos grupos estudados. No protocolo 1, os voluntários mantiveram sua ventilação a nível basal durante todo o teste e no protocolo 2, foi exigido um fluxo duas vezes superior a media do fluxo obtido no protocolo 1. Os pacientes receberam feedback visual durante os dois protocolos. RESULTADOS: Na Revisão sistemática foram incluídos na análise final 20 estudos. A metanálise mostrou que o TMR melhora a endurance em atletas (p=0.0007) e em não atletas (p=0.001). Análise de subgrupo mostrou que os testes de capacidade ventilatória sustentada máxima (CVSM) e limiar de carga sustentada máxima demonstraram melhora significa após TMR (p =0.007 e p =0.003, respectivamente) quando comparados a ventilação voluntária máxima (VVM) (p =0.11) em atletas. Em não-atletas, apenas o teste de CVSM mostrou-se significativo após TMR. Em relação as análises do dispositivo desenvolvido, foram avaliados 19 sujeitos saudáveis (26 ± 4 anos), 8 pacientes com DC (45 ± 13 anos), 8 com DR (57 ± 16 anos) e 9 com ELA (43 ± 13). Através da análise de variância (ANOVA) de dois fatores foi observado uma influência significativa do protocolo nos resultados nos diferentes grupos (p < 0.05). Na variável de pressão, o teste de Bonferroni identificou que pacientes com DR foram significativamente diferentes no nível de oclusão 2 (p = 0.001) e 5 (p=0.0008) quando comparados aos indivíduos saudáveis. Para as médias de resistência, foi observado que
o protocolo contribuiu para a variância das médias de resistência obtidas nos níveis de oclusão 1,2,3,e 5 e que pacientes com DR foram significativamente diferentes no nível de oclusão 1,2 e 5 (p ≤ 0.005) quando comparados aos saudáveis. CONCLUSÕES: A revisão sistemática com metanálise demonstrou que o TMR melhora endurance de músculos respiratórios em atletas e não atletas e os testes de endurance de longa duração são mais sensíveis para identificar os efeitos do TMR (ie. CVSM) do que testes de curta duração. O protocolo experimental com o dispositivo desenvolvido demonstrou que é possível utilizar o dispositivo em indivíduos saudáveis e pacientes com diferentes doenças que afetam o sistema respiratório para a avaliação de músculos respiratórios com carga progressivas (diferentes oclusões).


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1545315 - GUILHERME AUGUSTO DE FREITAS FREGONEZI
Externo ao Programa - 2211046 - LUCIEN PERONI GUALDI
Externo à Instituição - MARLUS KARSTEN - UDESC
Externo à Instituição - SHIRLEY LIMA CAMPOS - UFPE
Interno - 5566309 - VANESSA REGIANE RESQUETI FREGONEZI
Notícia cadastrada em: 04/11/2015 13:50
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa12-producao.info.ufrn.br.sigaa12-producao