Banca de DEFESA: MARIA ILIDIANA DINIZ - (Retificação)

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: MARIA ILIDIANA DINIZ

DATA: 10/07/2009

HORA: 00:00

LOCAL: NEPSA/CCSA

TÍTULO:

SILENCIOSAS E SILENCIADAS: descortinando as violências contra a mulher no cotidiano da prostituição em Natal/RN


PALAVRAS-CHAVES:

prostituição; violência; relações patriarcais de gênero


PÁGINAS: 197

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Serviço Social

SUBÁREA: Serviço Social Aplicado

RESUMO:

A prostituição é conhecida como a “profissão” mais antiga do mundo, segundo algumas historiadoras, “contemporânea à própria civilização”. Entretanto, ao referenciá-la desse modo, podemos estar sistematicamente esvaziando-a das expressões de violência que a perpassam. Além do que, tal afirmação tenta legitimar a prostituição como uma prática historicamente relacionada à condição natural da mulher. O objetivo central da investigação é analisar de que forma a atividade prostitucional potencializa diferentes formas de violência no cotidiano da prostituição desenvolvida na cidade de Natal. Neste sentido, à luz das categorias relações patriarcais de gênero e violência contra a mulher, refutamos a tese defendida por grande parte dos estudos feministas acerca da prostituição como expressão de autonomia das mulheres e superação da ordem patriarcal de gênero. Estabelecemos como procedimentos metodológicos uma abordagem quali-quantitativa, norteada pelo método materialista histórico-dialético que nos permitiu apreender o objeto de estudo para além de sua imediaticidade, desvendando as suas contradições. Realizamos nove entrevistas com prostitutas pertencentes às classes populares que desenvolvem as atividades prostitucionais nas ruas e cabarés de Natal. Lançamos mão da observação sistemática junto às atividades promovidas pela Associação das Prostitutas do Rio Grande do Norte-ASPRORN, a exemplo das visitas aos cabarés, bem como na participação nos seminários realizados por esta entidade, ocasião na qual estabelecemos contatos com informantes-c have que facilitaram o acesso às entrevistadas. Constatamos que a dimensão econômica é o fator determinante para a sua inserção na prostituição, todas a reconhecem como uma alternativa que encontraram para sobreviver, visto que, a maioria não detém nenhuma qualificação profissional e educacional. Outra questão importante a ser enfatizada refere-se aos espaços insalubres onde se desenvolvem os programas que por si só já se caracterizam como negação de direitos, expressos na desigualdade socioeconômica a que estão submetidas. Quanto às expressões de violência presentes em seu cotidiano, as principais formas identificadas foram a física e a social, contudo, há uma tendência em naturalizá-las, secundarizando-as em detrimento de outras questões identificadas como mais prementes, a exemplo da não pagamento dos programas pelos cliente. Os determinantes da violência identificados pelas entrevistadas, foram atribuídos a própria mulher, ou seja, ao seu atrevimento. Destacamos ainda, a omissão do Estado em relação à problemática da prostituição, materializado principalmente na ausência de políticas públicas direcionadas aos direitos sexuais e reprodutivos e geração de emprego e renda. Em relação à regulamentação da prostituição, a maioria das entrevistadas é contrária, argumentando que acentuaria o estigma presente nesta prática.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 369.951.344-00 - TELMA GURGEL DA SILVA - UERN
Interno - 1149518 - SILVANA MARA DE MORAIS DOS SANTOS
Externo à Instituição - FERNANDA MARQUES DE QUEIROZ - UERN
Notícia cadastrada em: 11/03/2011 15:11
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