Banca de DEFESA: MICHAEL HUDSON DANTAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MICHAEL HUDSON DANTAS
DATA : 17/11/2020
HORA: 10:00
LOCAL: Plataforma digital
TÍTULO:

SOBREVIVENTES: violência contra LGBT no Nordeste brasileiro


PALAVRAS-CHAVES:

Diversidade humana; diversidade sexual; violência; LGBT; Nordeste.


PÁGINAS: 185
RESUMO:

A conjuntura que vivemos está permeada pelo recrudescimento do conservadorismo, regressão de direitos, contrarreformas do estado, aumento da violência e intensificação da exploração/opressão a que está submetida a classe trabalhadora em toda a sua diversidade, especialmente em se tratando das mulheres, de negros(as) e da população de Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). O período histórico de crise estrutural do capital já impõe, por si só, imensos desafios à vida desses sujeitos. No entanto, o momento é também de avanço de uma extrema-direita ultraconservadora e ultraneoliberal, com fortes traços fascistas e violentos, tendo como um dos exemplos a eleição de Jair Messias Bolsonaro (sem partido) a presidente do Brasil em 2018 e de Donald Trump, no Estados Unidos da América em 2016. O golpe jurídico, midiático e parlamentar contra a presidenta Dilma Roussef (PT) em 2016 acentua as disputas de classe e demonstra que essa realidade mundial chega ao país com bastante intensidade. Nesse mesmo contexto, os dados indicam que o Brasil é campeão mundial de mortes violentas de LGBT, à frente, inclusive, de países em que as homossexualidades e identidades de gênero são oficialmente proibidas e punidas com pena de morte. Além disso, registram um significativo aumento dessa violência nos últimos anos. Se considerarmos sua distribuição regional, durante décadas, o Nordeste liderou esse macabro ranking brasileiro. A formação social e histórica dessa região, indica algumas particularidades sob o ponto de vista de sua inserção no circuito do desenvolvimento desigual brasileiro e da cultura muito arraigada no machismo, que cria a figura do dito “macho nordestino” – com a valentia como traço definidor e a legitimação da violência, desde que para defesa da honra. Nessas terras, teoricamente não se teria LGBT, haja vista que rompem com o padrão heteropatriarcal, ou do “macho” tão reivindicado. Assim, nosso objetivo neste trabalho foi analisar quais as principais expressões da violência contra a população LGBT no nordeste brasileiro. Em termos metodológicos, realizamos a pesquisa: 1 – sob a análise baseada no método materialista-histórico-dialético proposto por Marx; 2 – de caráter qualitativo; 3 – tendo como fonte de dados a pesquisa bibliográfica e documental, por meio da contribuição de autores e autoras do campo do marxismo, fundamentalmente, assim como dos dados produzidos pelo Grupo Gay da Bahia sobre mortes de LGBT no país, pelo Disque 100 no que diz respeito aos relatórios sobre denúncias em relação à violência contra LGBT no Brasil, e do levantamento do Mapa da Cidadania desenvolvido pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT); 4 – tendo como recorte temporal os anos do golpe, de 2016 a 2019. Como resultados, apontamos que as principais violências contra LGBT na região têm como algozes a família e o Estado, e como suas expressões predominantes a morte violenta, seja por meio dos homicídios ou suicídios, a discriminação, violência física e psicológica, e a violação de direitos através da ação ou omissão do Estado. Como síntese, apreende-se que são tempos de ataque ultraconservador e violento à humanidade dessa população, individual e coletivamente, assim como às mulheres e a negros (as). “Estamos sob ataque”, é hora de reagir!

 


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1714329 - ANDREA LIMA DA SILVA
Externa à Instituição - MIRLA CISNE ÁLVARO - UERN
Interna - 307.164.894-49 - RITA DE LOURDES DE LIMA - UFRN
Presidente - 1149518 - SILVANA MARA DE MORAIS DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 23/10/2020 13:28
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