Banca de DEFESA: JORDANA DA COSTA BARBALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JORDANA DA COSTA BARBALHO
DATA: 19/12/2012
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Aula da Pós-Graduação em Psicobiologia
TÍTULO:

A Lógica por Trás dos Contratos Sociais.


PALAVRAS-CHAVES:

lógica condicional, teste de Wason, contratos sociais, violação de regras, Psicologia Evolucionista.


PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Dentre as várias hipóteses que explicam a evolução do intelecto primata, a Hipótese da Inteligência Maquiavélica é a que melhor explica o comportamento destes. De acordo com ela, nosso cérebro possui adaptações para lidar com um ambiente social complexo. Sendo assim, deveria haver marcas da história evolutiva nas características funcionais e estruturais da cognição humana. Uma dessas marcas seria a existência de especializações cognitivas para detecção de violadores de contratos sociais. Cosmides e Tooby (1992) testaram essa possibilidade através do Teste de Seleção de Cartas de Wason, no qual quatro cartas são expostas ao sujeito experimental e lhes é dada uma regra condicional no formato “Se P, então Q”. Verificou-se que o índice de acerto é de cerca de 25% nos testes de caráter abstrato contra 75% nos testes de caráter social.  Entretanto, a verificação desses resultados não foi feita baseando-se na inclusão de sujeitos que tiveram acesso ao ensino de lógica formal abstrata nem de acordo com o gênero. Nosso trabalho investigou o uso da lógica condicional na verificação de violação de regras em contextos abstratos e em contextos sociais com a mesma ferramenta, verificando o índice de acerto e tempo de resolução da tarefa. Tais investigações foram realizadas baseando-se em diferenças nos níveis de aprendizado de lógica formal e de gênero. No estudo baseado no gênero, observou-se que homens têm maiores índices de acerto nos testes de caráter abstrato dispendendo o mesmo tempo que as mulheres. Homens e mulheres têm igual índice de acerto em testes de caráter social, entretanto o tempo de resolução das mulheres é menor.  Para o estudo baseado no nível de experiência em lógica formal, dividimos os sujeitos em três grupos: Não-Lógica (NL, sem o aprendizado de lógica formal), Pré-Lógica (PL, inseridos em cursos voltados para a área de lógica, mas sem ainda terem estudado tais disciplinas) e Lógica (L, tiveram acesso ao ensino formal de lógica). Indivíduos NL têm melhor desempenho em tarefas de caráter social que indivíduos L ou PL. Não há diferença entre indivíduos L e PL para o desempenho em tarefas de caráter abstrato. O tempo gasto para a resolução das tarefas de caráter abstrato e de caráter social não se mostrou diferente entre os grupos. Nossos resultados evidenciaram importantes diferenças entre os sexos, que estão de acordo com habilidades cognitivas descritas para homens e mulheres em nossa espécie, bem como trazem à tona a importância de incluir na discussão quanto às nossas especializações cognitivas, aspectos relacionados ao ambiente e à aprendizagem.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALTAY ALVES LINO DE SOUZA - UNIFESP
Presidente - 1350337 - FIVIA DE ARAUJO LOPES
Interno - 026.781.599-90 - WALLISEN TADASHI HATTORI - UFRN
Notícia cadastrada em: 03/12/2012 16:05
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