Banca de QUALIFICAÇÃO: MELISSA GOGLIATH SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: MELISSA GOGLIATH SILVA

DATA: 27/05/2011

HORA: 10:00

LOCAL: Sala de Reuniões do DFS

TÍTULO:

Ecologia da comunidade de Squamata, com estudo comportamental das espécies de lagartos gimnoftalmídeos em uma área


PALAVRAS-CHAVES:

Ecologia da comunidade de Squamata, com estudo comportamental das espécies de lagartos gimnoftalmídeos em uma área


PÁGINAS: 100

GRANDE ÁREA: Ciências Humanas

ÁREA: Psicologia

RESUMO:

Entre os biomas brasileiros, a Caatinga, que ocupa uma área estimada entre 800.000 e 935.000 km2 é representada por uma vegetação cuja distribuição é restrita ao Brasil. Constitui-se especialmente por espécies lenhosas e herbáceas, geralmente caducifólias, e muitas dotadas de espinhos, como as cactáceas e bromeliáceas. Até recentemente, a biota da Caatinga era reconhecida como pobre em espécies e com poucos endemismos e, portanto, de baixa prioridade para conservação. Estudos recentes mostram que esta avaliação está aquém da realidade, pois o que demonstra essa aparente baixa diversidade biológica na caatinga é a simples falta de conhecimento acumulado. Nesse sentido, visando aprimorar o conhecimento científico a respeito da herpetofauna das caatingas, este estudo tem como objetivos: (i) Comparar a riqueza, diversidade e a composição de espécies de répteis Squamata de duas áreas de caatinga fisionomicamente distintas; (ii) Analisar a estrutura das comunidades de lagartos estudadas e (iii) Estudar o comportamento termorregulatório das espécies de lagartos gimnoftalmídeos. O trabalho em campo foi efetuado em Serra de Santana, município de Tenente Laurente Cruz, Seridó do Rio Grande do Norte, no período de setembro de 2009 a maio de 2011. As coletas foram realizadas por meio de armadilhas de interceptação e queda, busca ativa e encontros casuais. Dos espécimes coletados e/ou observados foram analisados o uso de hábitat/microhábitat, da dieta, e o comportamento termorregulatório (no caso dos lagartos gimnoftalmídeos). Para as duas áreas estudadas de diferentes fisionomias, foi registrado um total de 28 espécies, 18 de lagartos, nove de serpentes e uma de anfisbena. Apesar dessa riqueza, as curvas de rarefação não atingiram uma assíntota, indicando que provavelmente mais espécies ainda podem ser encontradas. Quando comparadas as duas áreas estudadas, verificou-se diferença quanto à composição de espécies, porém não foi constatada estruturação em ambas comunidades, uma vez que os valores encontrados foram iguais aos observados ao acaso. Dentre os hábitats, o que apresentou maior riqueza de espécies, bem como a maior diversidade, foi a caatinga arbórea, embora os índices tenham revelado grande similaridade entre as áreas. Cabe ressaltar que a caatinga arbórea se destacou ainda pela presença de espécies de lagartos de ocorrência restrita a áreas com climas mais mésicos da caatinga, como Anotosaura vanzolinia, Coleodactylus meridionalis e Enyalius bibronii. A ocorrência dessas espécies de distribuição relictual reforça a hipótese de existência de diferentes padrões de distribuição para as caatingas e a necessidade de conservação desta área e de outras similares do semiárido nordestino.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1149552 - ARRILTON ARAUJO DE SOUZA
Presidente - 1121066 - ELIZA MARIA XAVIER FREIRE
Externo ao Programa - 119.871.838-27 - MARCELO NOGUEIRA DE CARVALHO KOKUBUM - CAPES
Notícia cadastrada em: 13/05/2011 11:26
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