Banca de DEFESA: FERNANDA MAYARA CRISPIM DIOGO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FERNANDA MAYARA CRISPIM DIOGO
DATA : 24/05/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

DIFERENÇAS SEXUAIS NO PADRÃO DE SONO, LAG SOCIAL E ATENÇÃO DE ADOLESCENTES


PALAVRAS-CHAVES:

diferenças sexuais; ciclo sono-vigília; adolescentes; cronotipo; atenção


PÁGINAS: 94
RESUMO:

Sono insuficiente e irregular são problemas comuns para adolescentes, que sofrem um atraso de fase no sono devido a mudanças advindas da puberdade, resultando em horários de sono mais tardios. No entanto, os horários matutinos de aula encurtam o tempo de sono na semana, levando à compensação no fim de semana. Este quadro está associado a horários irregulares de sono, sendo prejudicial para o desempenho cognitivo. Este cenário pode ser pior nas meninas devido a maior necessidade e menor resistência à privação de sono. Neste trabalho, avaliamos as diferenças sexuais em relação ao padrão de sono, Lag social e atenção em adolescentes do ensino médio no turno matutino, com a participação de 207 estudantes de ambos os sexos (F: 133 - 15±0,9 anos; M: 74 - 16±0,9 anos), que preencheram os questionários “A saúde e o sono”, o Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh, e em seguida o diário do sono por 10 dias, registrando os horários de sono e a sonolência ao despertar na Escala de Sonolência de Maldonado. Para a avaliação atencional, realizaram a Tarefa de Execução Contínua. Análises de GLM foram realizadas para analisar a relação entre sexo e cronotipo (variável controle) prevendo horários de sono, tempo na cama, sonolência ao despertar, irregularidade nos horários de sono, Lag social, diferença no tempo na cama entre semana e fim de semana e atenção, assim como irregularidade nos horários de sono, Lag social e diferença no tempo na cama prevendo atenção. De modo geral, as meninas passaram mais tempo na cama e se levantaram mais tarde no fim de semana (Anova, p < 0,01), apresentaram uma tendência a ter maior irregularidade nos horários de levantar (Anova, p = 0,07) e obtiveram a maior proporção de qualidade ruim de sono (X², p < 0,01). Os sexos não diferiram em relação ao horário de deitar e levantar, tempo na cama na semana, irregularidade nos horários de deitar, Lag social, diferença no tempo na cama, escore da qualidade de sono e sonolência ao despertar (Anova, p > 0,05). As meninas apresentaram o maior tempo de reação no alerta fásico (Anova, p < 0,05) e, no GLM, o sexo previu uma tendência para as meninas terem maior tempo de reação (β = 29,8; p = 0,06), porém maior percentual de respostas corretas no alerta fásico (β = 3,440; p = 0,09). Portanto, sugerese que as meninas apresentam maior compensação de sono no fim de semana, reflexo de uma menor resistência à privação de sono na semana, que pode ter contribuído para o maior tempo de reação em um dos componentes da atenção. Por outro lado, o melhor desempenho das meninas no percentual de respostas corretas pode ser indicativo de diferenças na sensibilidade à privação de sono entre domínios cognitivos. Outra hipótese, é que este resultado pode ser reflexo de uma diferença de estratégia entre os sexos para um melhor desempenho atencional, em que as meninas prefeririam a acurácia ao invés da velocidade e os meninos, a otimização do tempo de resposta.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1199136 - CAROLINA VIRGINIA MACEDO DE AZEVEDO
Externa ao Programa - 1110960 - JANE CARLA DE SOUZA
Externa à Instituição - SABINE POMPÉIA
Notícia cadastrada em: 14/05/2021 13:51
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