Banca de DEFESA: VANESSA CARLA COELHO DE LIMA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VANESSA CARLA COELHO DE LIMA
DATA : 12/05/2021
HORA: 08:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

O COMPORTAMENTO PRÓ-SOCIAL E REDES SOCIAIS DE CRIANÇAS - DO INDIVÍDUO AO GRUPO


PALAVRAS-CHAVES:

Dinâmica de rede; Crianças; Prosocialidade; Jogo do Ditador; Jogo de Bens Públicos


PÁGINAS: 129
RESUMO:

Comportamentos pró-sociais são reconhecidos como atributos essenciais à formação e manutenção de vínculos entre indivíduos que vivem em sociedade. Entretanto, as relações sociais humanas acontecem em grande número e de maneira diversa e a decisão de agir de forma pró-social sofre influência de fatores proximais e contextuais. Nesse trabalho utilizamos a análise de redes sociais para examinar a hipótese de que os comportamentos pró-sociais de crianças de 5-6 e 10-11 anos, são influenciados pela posição do indivíduo na rede social, pela relação diádica e por características do grupo. Um total de 197 crianças tiveram suas redes de proximidade social e brincadeira construídas a partir de um esforço amostral de 98,5 horas de observação focal, durante os meses de fevereiro de 2018 a maio de 2019. Elas também foram submetidas a uma aplicação do Jogo do Ditador e a quatro repetições do Jogo de Partilha de bens públicos. Nossos resultados mostraram que índices das redes sociais previram estatisticamente o comportamento pró-social das crianças nos três níveis analisados. Em nível individual, maior centralidade de intermediação em redes de brincadeira previu maior recebimento de ações pró-sociais espontâneas, e maior grau do vértice em proximidade social previu maior oferta e recebimento dessas mesmas ações. No jogo de partilha de bens públicos (PBP), maior agrupamento local em brincadeira e maior grau do vértice em redes de proximidade previram menor doação ao grupo. Em nível diádico observamos maior proporção de vínculo entre díades de mesmo sexo e maior trocas pró-sociais entre meninas. Além disso, elevado índice de associação em brincadeira foi previsor de mais trocas de atos de pró-socialidade espontânea e de doações no jogo do ditador. Em nível de grupo a distância média entre os indivíduos foi a única variável previsora de maior pró-socialidade espontânea e de doação no jogo de partilha de bens públicos. Grupos formados por indivíduos mais próximos em interações de brincadeira se comportaram de forma mais pró-social e doaram mais para o bem comum do que grupos formados por crianças mais distantes. Houve maior prosocialidade espontânea em díades de meninas, mas não detectamos diferenças de sexo nos demais contextos e índices analisados. De forma semelhante, a idade não teve influência nos comportamentos analisados. Destaca-se diferenças apresentadas na expressão desses comportamentos em situações espontâneas e jogos econômicos, em que as crianças parecem usar estratégias mais pró-sociais em situações públicas e de baixo custo, e mais egoístas em situações anônimas e em partilha de bens preferidos. De forma geral ressaltamos a importância da brincadeira social na criação de intervenções que visem o aumento do comprometimento pró-social dos indivíduos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1149552 - ARRILTON ARAUJO DE SOUZA
Externa à Instituição - BRISEIDA DOGO DE RESENDE - USP
Interna - 1350337 - FIVIA DE ARAUJO LOPES
Externa à Instituição - MARIA ISABEL PATRICIO DE CARVALHO PEDROSA
Presidente - 2696495 - RENATA GONCALVES FERREIRA
Notícia cadastrada em: 29/04/2021 15:06
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