Banca de DEFESA: DIEGO DE AQUINO CÂMARA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DIEGO DE AQUINO CÂMARA
DATA : 06/10/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:
Efeito fase-dependente da reserpina na promoção de déficit comportamental e alteração neuroquímica na via nigro-estriatal de ratos

PALAVRAS-CHAVES:
Reserpina, Estresse oxidativo, Antioxidantes, Ritmos circadianos, Doença de Parkinson

PÁGINAS: 40
RESUMO:

A reserpina induz a falha na capacidade de armazenamento das monoaminas nas vesículas sinápticas, gerando uma depleção dessas substâncias no nervo terminal e aumento do estresse oxidativo (EO). Um grande corpo de evidências mostra que este fármaco causa o aparecimento de sintomas motores e não motores semelhantes aos vistos na doença de Parkinson, sendo seu protocolo de aplicação comumente executado durante a fase de claro, usando animais noturnos como principal modelo experimental. Alguns estudos, no entanto, sugerem que na fase de claro existe uma menor concentração de antioxidantes no organismo desses animais noturnos devido a oscilações diárias na produção de enzimas como a catalase e superóxido dismutase, além do neurohormônio melatonina, que apresentam picos durante a fase de escuro. Essas oscilações, portanto, podem representar uma vulnerabilidade dependente de fase a desordens decorrentes de danos a estrutura do DNA, peroxidação de lipídios e oxidação de proteínas. Muitos desses parâmetros de ritmicidade biológica não são levadas em conta no momento de padronização de modelos experimentais o que pode distanciar os resultados obtidos nesses animais da fisiopatologia de algumas desordens. Tendo em vista as interações da maquinaria circadiana e o EO, o objetivo deste trabalho é observar se o modelo farmacológico da reserpina em ratos (Santos et al., 2013), quando aplicado durante a fase de escuro, apresenta o mesmo efeito de indução dos sintomas motores da DP comparado com seu protocolo padrão de aplicação na fase de claro, bem como se ocorre alterações neuroquímicas na via nigro-estrital. Foram utilizados 41 animais com idade aproximada de 3 meses. Os animais foram submetidos à administração da reserpina em duas fases distintas, atividade e repouso; o efeito da droga no comportamento foi avaliado através do teste de catalepsia. Os animais também tiveram uma avaliação, em grupo, do ritmo de atividade-repouso durante todo o procedimento experimental. Posteriormente, foram avaliados parâmetros neuroquímicos relacionados quantificação dos neurônios dopaminérgicos. A administração de reserpina não apresentou alterações significativas no periodo de atividade/repouso dos grupos. No teste de catalepsia observamos que os animais tratados com a droga apresentaram a perda motora esperada ao final do protocolo, no entanto o grupo que recebeu o tratamento com reserpina durante a noite teve o início dessa perda motora de maneira mais tardia, em relação ao grupo que recebeu o tratamento durante o dia. Já na avaliação neuroquímica, não foi vista uma perda neuronal significativa na substância negra parte compacta e substância negra lateral, apenas a área tegmentar ventral mostrou uma perda neuronal significativa no grupo que recebeu a reserpina durante a noite em relação ao seu grupo controle.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2351800 - JEFERSON DE SOUZA CAVALCANTE
Externo à Instituição - JOSÉ RODOLFO LOPES DE PAIVA CAVALCANTI - UERN
Presidente - 2140860 - ROVENA CLARA GALVAO JANUARIO ENGELBERTH
Notícia cadastrada em: 22/09/2020 10:03
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