Banca de QUALIFICAÇÃO: FRANCISCO EDVALDO DE OLIVEIRA TERCEIRO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FRANCISCO EDVALDO DE OLIVEIRA TERCEIRO
DATA : 10/08/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Reuniões do Centro de Biociências
TÍTULO:

Olhando além da díade: Evidências de tolerância social e ensino social em Callithrix jacchus


PALAVRAS-CHAVES:

Sagui; Comportamento social; Agressividade


PÁGINAS: 65
RESUMO:

 A busca pela explicação da excepcionalidade humana está presente há bastante tempo na literatura científica e não-científica. Tal busca alimentou a curiosidade de cientistas sobre as bases do comportamento social. Uma das formas que o comportamento social se manifesta é através de uma estratégia denominada reprodução cooperativa. Esta se caracteriza por indivíduos atrasarem sua dispersão, atividade reprodutiva e cooperarem no cuidado à prole de terceiros. A hipótese do reprodutor cooperativo tem ganhado espaço como principal explicação para o nível de socialidade do ser humano, bem acima do nível de seus parentes evolutivos mais próximos. Esta hipótese afirma, entre outras coisas, que tolerância social, partilha ativa de alimentos, ensino social e acompanhamento visual de coespecíficos em situações sem conflito são elevados devido à necessidade de dividir o fardo do cuidado parental com o grupo social. O aumento em interações sociais levaria, com o decorrer do processo evolutivo, a um aumento em cognição social. Apesar de crescente apoio à hipótese, este suporte advém, em sua maioria, de experimentos em ambiente de cativeiro, notadamente com a espécie Callithrix jacchus, por este também ser um reprodutor cooperativo. Avaliamos a hipótese do reprodutor cooperativo através de Interações pós-conflito, tolerância social e mobbing, utilizando, até o momento, um conjunto de experimentos e observações em ambiente natural. O experimento ocorre com dois grupos de Callithrix jacchus em uma região de caatinga na Floresta nacional de Assú, Natal-RN. Análises qualitativas não mostraram diferenças na distribuição dos conflitos dentro de cada grupo. Contudo, o nível de agressividade foi maior no grupo com duas fêmeas reprodutoras. A partir dos dados de tolerância social, entende-se que existem diferenças entre os grupos e entre os sexos e categorias em cada grupo para alguns dos comportamentos mensurados neste experimento. Apesar do estágio inicial das análises, os resultados estão de acordo com a literatura, indicando que este novo método para análise de tolerância social pode ser replicável em próximos estudos da área.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1149552 - ARRILTON ARAUJO DE SOUZA
Externo ao Programa - 350638 - MARIA DE FATIMA ARRUDA DE MIRANDA
Interno - 2696495 - RENATA GONCALVES FERREIRA
Notícia cadastrada em: 31/07/2018 13:40
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