Banca de QUALIFICAÇÃO: MARÍLIA FERNANDES ERICKSON

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARÍLIA FERNANDES ERICKSON
DATA : 05/03/2018
HORA: 16:00
LOCAL: Sala da PPG em Psicobiologia
TÍTULO:

Comparação da coloração floral entre a caatinga e a mata atlântica


PALAVRAS-CHAVES:

Ecologia sensorial, sensory drive, polinização, visão de cores.


PÁGINAS: 18
RESUMO:

A coloração floral é um sinal importante para a comunicação entre plantas e visitantes florais. De acordo com a teoria de sensory drive, a seleção natural vai selecionar bons sinalizadores e bons receptadores, o que otimiza a comunicação entre ambos. Dessa forma, a coloração das flores é um sinal importante para a atração de possíveis polinizadores. A cor de um objeto depende do seu espectro de reflexão de luz, de como o sistema visual do animal vai captar essa reflexão, do contraste existente entre a cor do objeto e do background, e do espectro da iluminação ambiente. Dessa forma, a mudança de qualquer um dos fatores irá afetar a eficácia do sinal. Ambientes diferentes apresentam condições diferentes de iluminação e de background o que influencia na visão de cores dos polinizadores. As folhas filtram a luz do sol gerando diferentes ambientes sensoriais abaixo da copa, onde a iluminação predominante varia de acordo com os comprimentos de onda filtrados. Na época da seca, quando a cobertura vegetal é menor, a falta de folhas para filtrar a luz gera uma iluminação diferente, de acordo com a sazonalidade do ambiente. Adicionalmente, a ausência de folhas gera um background diferente. Essas mudanças podem divergir entre ambientes, a partir da composição vegetal de cada, que variam na quantidade de espécies decíduas. Esses, e outros fatores, levam a diferentes ambientes sensoriais, nos quais os polinizadores podem, ou não, detectar o sinal emitido por flores. Postula-se que exista um padrão de coloração de flor a partir de condições temporais (estações do ano) ou espaciais (biomas). Essa hipótese foi testada em poucos ambientes, tendo apresentado resultados controversos. O presente estudo propõe investigar se existe um padrão de coloração floral distinto entre dois biomas brasileiros de clima e composição vegetal distintos: a caatinga e a mata atlântica. Será utilizado um espectrofotômetro para registrar a coloração das flores, do background e da iluminação ambiente. As flores serão modelados e comparados para a visão de cores dos visitantes florais diurnos (abelhas, borboletas, moscas, e beija flores) de modo a comparar a sua coloração em diferentes estações de ano e ambientes. É esperado que cada ambiente apresente, como mais predominantes, flores com uma coloração que otimize sua sinalização.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1476621 - DANIEL MARQUES DE ALMEIDA PESSOA
Interno - 912.551.554-34 - DINA LILLIA OLIVEIRA DE AZEVEDO - UFRN
Notícia cadastrada em: 27/02/2018 17:01
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