Banca de QUALIFICAÇÃO: ISABELLA MARIA DE OLIVEIRA PONTES FERNANDES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ISABELLA MARIA DE OLIVEIRA PONTES FERNANDES
DATA : 14/06/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Aula da Pós-Graduação em Psicobiologia
TÍTULO:

Diferenças sexuais em aspectos neuroquímicos e comportamentais de antidepressivos no modelo do estresse crônico moderado imprevisível 


PALAVRAS-CHAVES:

BDNF, 5-HT1A, CRH-1, CRH-2, Memória aversiva, Ansiedade, Estresse crônico imprevisível, Memória Congruente com Humor, Neurogênese, Morte neuronal, Transtorno Depressivo Maior, Estresse Crônico Moderado.


PÁGINAS: 68
RESUMO:

A depressão é um transtorno de humor grave que acomete grande parte da população e, em maior número, as mulheres. Há fortes evidências que sugerem o estresse como um fator predisponente ao quadro depressivo e as mulheres parecem apresentar uma menor resiliência ao estresse tornando-se mais susceptíveis à depressão. Além disso, a resposta a antidepressivos parece ser diferente entre os sexos. Dessa forma, se faz necessário estudar as diferenças sexuais na fisiopatologia dessa doença e na resposta ao tratamento. Várias evidências apontam o envolvimento do sistema serotoninérgico na fisiopatologia da depressão, além da redução da expressão de BDNF, aumento do estresse oxidativo, aumento de citocinas pró- inflamatórias e redução de citocinas anti-inflamatórias apontando para um quadro de neurodegeneração que, consequentemente, leva a perda neuronal. Em contrapartida, o uso de antidepressivos parece promover uma melhora no quadro depressivo associado ao aumento de neurotrofinas e neurogênese. Este estudo se propõe a investigar as diferenças relacionadas ao sexo no comportamento do tipo depressivo induzido por estresse crônico moderado (CMS) e sua resposta ao tratamento crônico com antidepressivos, através da avaliação do comportamento hedônico e desamparo aprendido, da análise de neurotrofinas, contagem de neurônios, células da glia, receptores de serotonina e de glicocorticóides. Além disso, é objetivo deste estudo avaliar o efeito do CMS e do tratamento com antidepressivos na memória do tipo aversiva e na ansiedade através da esquiva discriminativa no labirinto em cruz elevado (ED), visto que, pacientes depressivos apresentam déficits cognitivos e o tratamento com antidepressivos parece potencializar a extinção de memórias aversivas, além de haver uma forte comorbidade entre depressão e distúrbios de ansiedade. Para isso, os animais serão submetidos ao protocolo do CMS por 35 dias e tratamento com fluoxetina, nortriptilina ou veículo por 14 dias. A avaliação da anedonia (principal sintoma da depressão) será realizada pelos testes de preferência pela sacarose (TPS) e da borrifada da sacarose (TBS), este último que também avalia auto-cuidado. O teste de nado forçado (TNF) será utilizado para avaliar o efeito antidepressivo dos fármacos empregados. A avaliação da memória aversiva e ansiedade serão realizadas simultaneamente pelo teste da ED. Em seguida, os animais serão eutanasiados para realização da coleta de sangue para quantificar corticosterona e extração dos encéfalos para realização de imunohistoquímica para avaliação de neurogênese (através da marcação com BrdU), morte neuronal (GFAP), BDNF, receptores 5HT-1A, CRH-1 e CRH-2. Experimentos pilotos foram realizados afim de verificar a reprodutibilidade do modelo nas condições do nosso laboratório e estabelecer sequencia e duração dos estímulos estressores, início do desenvolvimento de sintomas depressivos e quando iniciar o tratamento farmacológico dos animais. De acordo com nossos resultados preliminares, os animais submetidos ao CMS apresentaram aumento no tempo de imobilidade no TNF no período de 3 a 6 semanas quando submetidos ao CMS. Apesar de não observarmos diferenças no TPS e TBS quando comparamos sexo e/ou condição, ao compararmos apenas as fêmeas no TBS divididas pela fase do ciclo estral, observamos um maior tempo de catação das fêmeas nas fases com elevação dos níveis hormonais (proestro e estro). Estes resultados preliminares nos permitem concluir que o modelo do CMS foi capaz de induzir desamparo aprendido mas não anedonia em ambos os sexos. No entanto, foi capaz de reduzir os comportamentos de auto-cuidado e hedônico apenas nas fêmeas estressadas de maneira hormônio-dependente.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2140860 - ROVENA CLARA GALVAO JANUARIO ENGELBERTH
Interno - 1645202 - ELAINE CRISTINA GAVIOLI
Externo ao Programa - 1720860 - VANESSA DE PAULA SOARES RACHETTI
Notícia cadastrada em: 14/06/2017 08:27
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