Banca de DEFESA: JULIA JENSEN DIDONET

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JULIA JENSEN DIDONET
DATA : 15/03/2017
HORA: 08:30
LOCAL: Anfiteatro das Aves
TÍTULO:

Investigação de parâmetros bioquímicos em dois modelos animais de depressão induzidos por desamparo aprendido e administração de LPS.


PALAVRAS-CHAVES:

Depressão, dano oxidativo, desamparo aprendido, LPS, IL-6, IDO.


PÁGINAS: 101
RESUMO:

A depressão reduz a qualidade de vida do indivíduo, compromete a funcionalidade

profissional e social e é considerada a principal causa para incapacidade em termos de

anos perdidos no curso da doença. Apesar da severidade relatada, ainda não há uma

compreensão clara dos substratos neurais alterados na depressão, por isso o estudo de

modelos animais que investiguem a etiologia deste transtorno torna-se extremamente

necessário. Este trabalho buscou comparar alterações bioquímicas no soro, córtex pré-

frontal (CPF) e hipocampo de camundongos submetidos a dois modelos animais de

depressão: desamparo aprendido e administração do lipopolissacarídeo de E.Coli (LPS).

O teste de desamparo aprendido resultou em média de 70 % de animais desamparados,

verificado pela falha em escapar aos choques 24 h e 48 h após a sessão de indução do

desamparo. Os 30 % restantes foram considerados resilientes. Os animais desamparados

apresentaram mais dano oxidativo no CPF e soro, quando comparados aos animais

controles. Não houve diferença entre desamparados e resilientes, porém, foi observada

correlação positiva entre o dano oxidativo no soro e CPF e o comportamento

desamparado. A concentração das citocinas pró-inflamatórias IL-1β, TNFα, IL-6 e anti-
inflamatória IL-10 no CPF e hipocampo dos animais submetidos ao desamparo e

controle não foi diferente entre os grupos, porém houve correlação positiva entre a

citocina IL-6 e o comportamento desamparado no hipocampo dos animais. A atividade

da enzima indolamina 2,3-dioxigenase (IDO) não apresentou diferença significativa nos

animais submetidos ao modelo do desamparo. A administração sistêmica de LPS (0,8

mg/kg) induziu um comportamento doentio nos animais, caracterizado por diminuição

da ingestão de água e comida, perda de peso e alteração da temperatura retal 6 h após a

injeção. Em 24 h o estado doentio diminuiu, porém, os animais que receberam LPS

apresentaram imobilidade aumentada no teste de suspensão pela cauda em comparação

aos animais que receberam salina. Foi observado mais dano oxidativo no soro, CPF e

hipocampo do grupo LPS em comparação aos grupos salina ou controle. As citocinas

IL-β, TNFα no soro, CPF e hipocampo não apresentaram nenhuma alteração, indicando

que a inflamação induzida pela administração de LPS foi transitória. A citocina IL-6

mostrou-se elevada no CPF do grupo que recebeu LPS em comparação ao grupo salina,

correlacionada positivamente com o comportamento do tipo depressivo dos animais. Os

níveis de IL-10 no hipocampo correlacionaram-se negativamente com o comportamento

do tipo depressivo e a atividade da IDO foi aumentada no CPF e diminuída no

hipocampo do grupo LPS. Os resultados apresentados corroboram a hipótese da

ativação do sistema imune no evento depressivo e consequente dano oxidativo,

verificado em dois modelos animais de depressão. A ativação da IDO foi observada

com a particularidade da região cerebral e periférica em cada modelo animal.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2121895 - ALIANDA MAIRA CORNELIO DA SILVA
Interno - 1696755 - BRUNO LOBAO SOARES
Externo à Instituição - DANIELLE MACEDO GASPAR - UFC
Presidente - 1645202 - ELAINE CRISTINA GAVIOLI
Externo à Instituição - REGINA HELENA DA SILVA - UNIFESP
Notícia cadastrada em: 08/03/2017 16:52
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