Banca de QUALIFICAÇÃO: LUANA PINI CAVALCANTI DE SOUSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUANA PINI CAVALCANTI DE SOUSA
DATA : 08/03/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Aula da Psicobiologia
TÍTULO:

EVOLUÇÃO CULTURAL DO CANTO DA BALEIA JUBARTE (Megaptera novaeangliae) NO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Baleia jubarte, canto de jubartes, evolução cultural, distância de Levenshtein


PÁGINAS: 22
RESUMO:

As baleias jubarte (Megaptera novaeangliae) migram anualmente das áreas de alimentação para áreas de reprodução em zonas tropicais ou subtropicais durante o inverno e primavera. Um importante hábitat reprodutivo é o Brasil, onde o Banco de Abrolhos na Bahia é a maior área de concentração da espécie no Oceano Atlântico Sul ocidental. Predominantemente na temporada de acasalamento, somente os machos da espécie produzem complexas e longas vocalizações: o canto. Este apresenta padrões repetitivos e é estruturado hierarquicamente em unidades, frases e temas. Por mais que a função do canto ainda não esteja completamente esclarecida, é comprovado que está fortemente associado com a seleção sexual da espécie. A hipótese mais aceita é de ser um meio de atrair as fêmeas, como forma de comunicação e display intra e intersexual nos grupos de reprodução, semelhantemente ao sistema reprodutivo de leks. Cada população de jubarte no mundo tem sua própria canção, que se modifica gradualmente ao longo dos anos e os indivíduos da mesma população incorporam as alterações até todos emitirem o mesmo canto. As mudanças progressivas ao longo do tempo e o aprendizado de tais por todos os machos da população resultam em diferentes ou novas canções, processo denominado evolução cultural. Existem poucos estudos que avaliam qualitativamente a evolução do canto da população no Brasil, entretanto ainda não há estudos quantitativos sobre essas modificações do canto a curto, médio e longo prazo. Essa pesquisa tem como objetivo comparar quantitativamente, através do índice de similaridade da distância de Levenshtein, as vocalizações de machos de baleias jubarte no Banco de Abrolhos em cada ano de 2000 a 2005 e de 2015 a 2017. E também verificar a evolução cultural em seu canto a curto e médio prazo (de 2000 para 2017). Os dados de 2000 a 2016 já foram coletados previamente por monitoramento acústico passivo e os de 2017 serão registrados com a mesma metodologia e equipamentos. A compreensão das mudanças que ocorrem no canto ao longo dos anos é importante para melhor compreendermos sobre sua função e atuação na seleção sexual das jubartes. Também poderá ser especulado quais forças seletivas atuam para que ocorra essa evolução do canto. Assim, esse conjunto de dados é relevante para elucidar a evolução dos aspectos comportamentais que envolvem a comunicação sonora.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1476621 - DANIEL MARQUES DE ALMEIDA PESSOA
Presidente - 1863735 - RENATA SANTORO DE SOUSA LIMA MOBLEY
Notícia cadastrada em: 03/03/2017 14:48
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