Banca de QUALIFICAÇÃO: JULIA JENSEN DIDONET

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIA JENSEN DIDONET
DATA: 01/04/2016
HORA: 09:30
LOCAL: Sala de Aula da Pós-Graduação em Psicobiologia
TÍTULO:

 

Investigação de parâmetros bioquímicos em dois modelos animais de depressão induzidos por desamparo aprendido e ativação do sistema imunológico


PALAVRAS-CHAVES:

Depressão, dano oxidativo, desamparo aprendido, LPS, citocinas pró-inflamatórias.


PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

 

A depressão reduz a qualidade de vida do indivíduo, compromete a funcionalidade profissional e social e é considerada a principal causa para incapacidade em termos de anos perdidos no curso da doença, atualmente estima-se que 350 milhões de pessoas no mundo vivem com depressão. Apesar da severidade relatada, ainda não há uma compreensão clara dos substratos neurais anormais na depressão, por isso o estudo de modelos animais que investiguem a etiologia deste transtorno torna-se extremamente necessário. Este trabalho buscou comparar alterações bioquímicas ocorridas no soro, hipocampo e córtex pré-frontal (CPF) de camundongos submetidos a dois modelos animais de depressão induzida por desamparo aprendido e por inflamação. O teste de desamparo aprendido resultou em média de 70 % de animais desamparados, verificados pela falha em escapar aos choques 24 h e 48 h após a sessão de indução do desamparo. Os 30 % restantes foram considerados resilientes. A análise do dano oxidativo acompanha o dano comportamental, os animais desamparados apresentaram mais proteínas carboniladas e malonaldeído (MDA) no CPF e soro, quando comparados aos animais controles, não submetidos ao protocolo de desamparo aprendido. Não foi visto diferença significativa entre os grupos desamparados e resilientes, porém, nas 24 h após a sessão de indução, os animais que escaparam mais rapidamente dos choques tiveram menores concentrações de MDA no soro e CPF. A quantidade da citocina pró-inflamatória IL-6 no CPF, hipocampo e soro dos animais desamparados e controle não mostrou diferença significativa entre os grupos. A administração sistêmica de LPS (0,8 mg/kg, intraperitoneal) induziu um comportamento doentio nos animais, caracterizado por diminuição da ingestão de água e comida, perda de peso e alteração da temperatura retal nas primeiras 6 h após a injeção. Em 24h o estado doentio diminuiu e observa-se o restabelecimento da temperatura retal e normalização da locomoção. Porém, no teste de suspensão pela cauda, os animais que receberam LPS apresentaram imobilidade aumentada em comparação aos animais que receberam salina. A análise do dano oxidativo nesses animais mostrou mais proteínas carboniladas e MDA nas estruturas do CPF, hipocampo e soro dos animais que receberam LPS em comparação aos que receberam salina. Foi analisada a quantidade da citocina pró-inflamatória IL-6 nas mesmas estruturas relatadas acima, e não foi vista nenhuma alteração na proteína IL-6, indicando que a inflamação induzida pela administração de LPS foi transitória. Os resultados apresentados apontam para uma participação do dano oxidativo no comportamento do tipo depressivo nos dois modelos animais de depressão.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1696755 - BRUNO LOBAO SOARES
Presidente - 1645202 - ELAINE CRISTINA GAVIOLI
Externo ao Programa - 2289923 - IRIS UCELLA DE MEDEIROS
Notícia cadastrada em: 17/03/2016 11:47
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