Banca de QUALIFICAÇÃO: PATRÍCIA CRUZ BARBALHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PATRÍCIA CRUZ BARBALHO
DATA: 26/06/2015
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Aula do PPG Psicobiologia
TÍTULO:

Dinâmica social e movimento coletivo em cavalos (Equus caballus)


PALAVRAS-CHAVES:

nteligência social, rede social, modelos sócio ecológicos, reconciliação, apaziguamento, liderança, movimentos coletivos


PÁGINAS: 75
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Comparativa
ESPECIALIDADE: Estudos Naturalísticos do Comportamento Animal
RESUMO:

A dinâmica social tem sido medida pela existência de interações diádicas diferenciadas, tais como formação de parcerias preferenciais, pela exibição de comportamentos de reconciliação, apaziguamento e consolo, e pela forma como movimentos coletivos são decididos. Dados com primatas tendem a corroborar modelos que ligam a complexidade social a maior cognição, entretanto, ainda são escassos os estudos que detalhem a dinâmica social de outras espécies sociais. Nesse contexto, o presente trabalho teve três objetivos: 1. Descrever interações diádicas, afiliativas e agonísticas de um grupo de éguas com ênfase em parcerias preferenciais; 2. Analisar a ocorrência de reconciliação, apaziguamento e consolo e 3. Caracterizar a dinâmica de movimentos coletivos (deslocamento do rebanho) em éguas sob análise de fatores próprios do indivíduo (idade, peso), sociais (dominância, número de afiliados), fisiológicos (gestação, lactação e vazia) e ambientais (disponibilidade de área (tamanho do piquete)). O estudo foi realizado no Haras Volta (SE) onde foram observadas 63 éguas (em diferentes categorias de idade, peso e estado reprodutivo (vazia, prenhe e lactação)) e 21 potros lactentes, sob três formas de observação: 1. focal (interações afiliativas e agonísticas), 2. todas as ocorrências de conflitos entre os animais (assim como as interações após o conflito) e 3. varredura (localização dos animais do rebanho). Os dados foram analisados pelos programas ARCGIS, SOCPROG e NETDRAW. As análises foram divididas em três capítulos, correspondentes a cada objetivo e observação. Até o momento, como resultados parciais do CAPÍTULO 1: foi observado uma taxa de 0,27 eventos agonísticos/hora/indivíduo e de 0,09 eventos afiliativo toque/hora/indivíduo. As éguas mais pesadas tiveram grau de ranque hierárquico significativamente maior que as demais (F(2,39)=3,234, p=0,050) e não houve efeito significativo entre nenhuma das categorias avaliadas para o grau de emissão ou recepção de afiliação ((GLM) univariado). Como resultados parciais do CAPÍTULO 2: houve reconciliação em 66,6% dos conflitos e apaziguamento em 38,8%. Nas díades em que houve reconciliação, a proximidade entre os indivíduos após o conflito (Mediana=4,0m) foi significativamente maior do que em varreduras controle (Mediana=60,7m, z=-2,20, p=0,028) e do que em díades que não se reconciliaram (Mediana=31,5m) (U=0,00, p=0,011). Deste modo, a avaliação da distância parece configurar-se como um bom indicador da ocorrência de reconciliação entre cavalos, especialmente diante da discrição dos comportamentos afiliativos dessa espécie. Como resultados parciais do CAPÍTULO 3: os animais se afastaram mais quando em maior disponibilidade de área, e os mínimos polígonos convexos (MPC) formandos pelo rebanho foram significativamente menores quando no piquete pequeno (Mediana=0,04ha/ind) do que no maior (Mediana=0,23ha/ind) (U= 38,00, p=0,001, r=-0,71). Similarmente, as medidas de rede social do grupo também apresentaram diferenças significativas entre todas as avaliações (força, eigenvector, alcance, agrupamento/clustering e afinidade) entre os dois piquetes (U= 0,000, p=0,001), sendo que neste caso, as maiores medianas referiram-se ao piquete pequeno, já que os animais apresentaram maior proximidade nesse piquete. Em relação às distâncias dos animais para o centroide dos MPC formados pelo rebanho entre as diferentes categorias de idade, fisiologia e peso e suas interações, o GLM não indicou diferença significativa. Esse resultado indica que éguas prenhes ou com filhotes não estiveram mais frequentemente no centro do grupo, o que não corrobora com a hipótese de posicionamento mais seguro de éguas com seus potros dentro do grupo. O índice de concordância na direção (ICD) não apresentou diferença significativa para nenhuma das interações observadas, assim como entre nenhuma das categorias observadas. Assim, os animais pareceram estar igualmente propensos a seguirem em determinada direção, o que abre a possibilidade de não haver um grupo específico de animais liderando o grupo. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1149552 - ARRILTON ARAUJO DE SOUZA
Interno - 350638 - MARIA DE FATIMA ARRUDA DE MIRANDA
Presidente - 2696495 - RENATA GONCALVES FERREIRA
Notícia cadastrada em: 16/06/2015 22:23
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