Banca de DEFESA: ZOÉLIA CAMILA MOURA BESSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ZOÉLIA CAMILA MOURA BESSA
DATA: 08/06/2015
HORA: 14:30
LOCAL: Sala de Aula da Pós-Graduação em Psicobiologia
TÍTULO:

Mecanismos de sincronia social no ritmo circadiano de atividade em casais de saguis (Callithrix jacchus)


PALAVRAS-CHAVES:

Ritmo circadiano de atividade, sincronização, pistas sociais, arrastamento, mascaramento, sagui.


PÁGINAS: 98
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

 

Em saguis, foi observado que a sincronia entre os perfis circadianos de atividade dos animais que vivem em grupo é mais forte entre os indivíduos de uma mesma família do que entre famílias diferentes. Dentro do grupo é mais forte entre juvenis do que entre juvenis e seus pais. No entanto, são desconhecidos os mecanismos envolvidos na sincronia social. Com o objetivo de investigar os mecanismos de sincronização envolvidos na sincronia entre os perfis circadianos de atividade em casais de saguis, foi registrada continuamente a atividade motora por actímetros em 3 díades. Os casais foram submetidos a duas condições de iluminação: ciclo claro escuro CE 12:12 (CEJ I - 21 dias), e depois em claro constante (~350 lux). Em CC, os casais foram submetidos a 4 situações experimentais: 1. convívio completo (CCJ I - 24 dias), 2. remoção de um membro do casal para outra sala com condições semelhantes (CCS I - 20 dias), 3. reintrodução do membro do casal na gaiola da 1° situação (CCJ II - 30 dias), e 4. remoção do membro de cada casal para outra sala experimental (CCS II - 7 dias) para avaliar os mecanismos de sincronização.  Por fim, os membros do casal foram reintroduzidos na gaiola e submetidos ao ciclo CE 12:12 (CEJ II - 11 dias). Os casais entraram em livre curso na primeira condição em CC em convívio social, com períodos idênticos entre os membros do casal, semelhante ao observado na segunda condição. Nas etapas sem convívio social, apenas 2 fêmeas entraram em livre curso na primeira etapa e 3 animais na segunda. Nas referidas condições, os ritmos dos animais de cada casal apresentaram diferentes períodos endógenos. Além disso, nas condições com convívio social (CEJ e CCJ), os membros do casal apresentaram relação de fase estável entre si para o início e fim da fase ativa, enquanto que nas etapas com separação entre o casal foi observada uma quebra de estabilidade nas relações de fase entre os perfis circadianos de atividade, com um aumento na diferença de ângulo de fase entre o casal. Ao entrar em livre curso, na transição entre CEJI e CCJI, todos os animais anteciparam progressivamente o início e o fim da fase ativa em fase semelhante à condição anterior, expressando sinal de arrastamento ao CE anterior. Enquanto que nas etapas seguintes isto foi observado em apenas 3 animais entre CCJI e CCSI, e entre CCJII e CCSII, demonstrando sinais de arrastamento às pistas sociais entre os membros dos casais. Por outro lado, 1 animal atrasou progressivamente entre CCJI e CCSI, 3 animais atrasaram entre CCSI e CCJII e 3 animais entre CCJII e CCSII, possivelmente por arrastamento aos animais da parte externa da colônia. Processo semelhante foi observado em 4 animais entre CCSII e CEJII, indicando arrastamento ao CE. Na transição entre o CCSI e CCJII foram observados sinais de mascaramento no ritmo de uma fêmea em resposta ao macho e em outro casal no ritmo do macho em relação ao da fêmea. A correlação geral e máxima entre os perfis circadianos de atividade dos animais foi mais forte nas condições em convívio social em CE e CC do que na ausência do convívio social em CC, evidenciando o efeito social. Os casais tiveram maiores valores para a correlação máxima em CE e CC juntos do que quando os perfis foram correlacionados com animais de gaiolas diferentes de mesmo ou diferente sexo. Resultados semelhantes foram observados na correlação geral. Portanto, sugere-se que o convívio social favorece a uma forte sincronia entre os perfis circadianos de atividade dos casais de sagui, que envolve sincronização por arrastamento e mascaramento. Porém, estudos adicionais são necessários para avaliar o efeito das pistas sociais na sincronização do ritmo circadiano da atividade entre casais de saguis na ausência de pistas sociais externas a fim de confirmar esta hipótese.    



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1199136 - CAROLINA VIRGINIA MACEDO DE AZEVEDO
Externo à Instituição - GISELE AKEMI ODA - USP
Interno - 1216466 - JOHN FONTENELE ARAUJO
Notícia cadastrada em: 26/05/2015 08:59
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