Banca de DEFESA: KATHIANE DOS SANTOS SANTANA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KATHIANE DOS SANTOS SANTANA
DATA: 26/09/2014
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Aula da Pós-Graduação em Psicobiologia
TÍTULO:

A CAFEÍNA COMO AGENTE MODULADOR DO CICLO ATIVIDADE-REPOUSO E MEMÓRIA EM SAGUIS (Callithrix jacchus)


PALAVRAS-CHAVES:

Cafeína, sono, memória, sensor baseado em giroscópio, sagui-comum.


PÁGINAS: 119
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

A cafeína é a substância psicoativa mais utilizada, com efeitos na melhoria da atenção, humor, memória e alerta. Mas quando ingerida próxima ao sono pode afetar o sono, o que também pode interferir na memória. Portanto, o objetivo do trabalho é avaliar o efeito da cafeína na memória, e se este efeito é dependente de alterações do ciclo de atividade-repouso, em saguis (Calithrix jacchus). Foram utilizados 16 saguis adultos (10 fêmeas e 6 machos), mantidos individualmente em laboratório e submetidos ao ciclo claro-escuro 12:12 h (CEUA UFRN n°: 047/2010). Para registro do ciclo atividade-repouso utilizou-se dois sensores. O sensor baseado em giroscópio registra atividade a cada 30 seg, e detecta o mínimo de movimentação exercida pelo animal, sendo inédito em averiguar atividade noturna. O segundo sensor é o de infravermelho, que registra a cada 5 min e não detecta movimento dentro da caixa ninho, sendo utilizado pra registro diurno. Ainda utilizamos câmera para registro da fase de repouso para um sagui. A tarefa cognitiva teve todas as sessões gravadas, e contou com cinco fases: 1) dois dias de habituação. 2) Treinos, onde os saguis discriminavam um contexto reforçado (CR) de um não-reforçado (CNR) por 8 dias. 3) Administração oral da cafeína ou placebo, 10mg/kg (± 1 hora antes do início do sono, por 8 dias), com animais ingerido placebo ou cafeína. 4) Retreino, seguido da administração do placebo (surgindo o grupo placebo - GP) ou cafeína (surgindo os grupos contínuo- GC e agudo- GA). 5) Teste, para avaliar aprendizagem ao CR. As sessões duravam 8 min, e iniciavam às 7:00 h para as habituações, treinos e teste; e às 15:15 h para o retreino. Os resultados demonstraram que para a primeira validação dos sensores baseados em giroscópio, que foi a comparação com o registro da câmera, houve coincidência dos métodos de 68,57% do registro de atividade noturna. A segunda validação foi a comparação da atividade locomotora registrada pelos sensores de infravermelho, onde as curvas de atividade para ambos os sensores se assemelharam quanto ao padrão de distribuição. Ao averiguar o efeito da cafeína no ritmo de atividade-repouso para GP, GA e GC, utilizando os sensores baseado em giroscópio e de infravermelho, a maioria diferenças existentes foram encontradas intra-grupo. Além disso, os sensores baseados em giroscópio foram capazes de detectar atividade noturna para os grupos experimentais. Para os dados da tarefa cognitiva, os saguis aprenderam a discriminar CR de CNR. Quanto o efeito da cafeína na evocação da memória, o GC apresentou déficits para recordação da tarefa durante o teste, e GA não foi afetado pela administração da cafeína. Como conclusões, temos que a cafeína próxima ao sono possui efeito modulatório na memória em saguis. Além disso, ela possui efeitos diferentes na atividade locomotora entre os grupos estudados. Ainda, o sensor baseado em giroscópio foi capaz de coletar atividade noturna. Portanto o uso deste dispositivo, não invasivo, permite os saguis exibirem seu comportamento, dentro das condições laboratoriais, o mais natural possível.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CRHISTIANE ANDRESSA DA SILVA - UFPB
Externo à Instituição - FLAVIO FREITAS BARBOSA - UFPB
Externo à Instituição - HINDIAEL AERAF BELCHIOR - UFRN
Presidente - 1216466 - JOHN FONTENELE ARAUJO
Externo ao Programa - 1718518 - NICOLE LEITE GALVAO COELHO
Notícia cadastrada em: 16/09/2014 09:08
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