Banca de QUALIFICAÇÃO: JANE CARLA DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JANE CARLA DE SOUZA
DATA: 23/10/2013
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de aula da Pós Graduação em Psicobiologia
TÍTULO:

Influência do horário de trabalho, do gênero, e de um programa de educação sobre o sono no ciclo sono/vigília de professores da educação básica


PALAVRAS-CHAVES:

Ciclo sono-vigília, Sonolência diurna, Qualidade de sono, Estresse, Professor, Horário de trabalho, Formação continuada


PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

A profissão docente está muitas vezes associada a extensas jornadas de trabalho, dentro e fora da sala de aula, condições precárias de ensino, entre outros desafios que acarretam prejuízos a saúde do professor. Dentre os problemas de saúde observados em professores do ensino médio estão à privação e a irregularidade nos horários de sono que podem ser decorrentes de influências sociais e comportamentais. No âmbito escolar, estes problemas são geralmente observados em adolescentes que possuem predisposição fisiológica para dormir mais tarde em relação às outras fases do desenvolvimento, o que é exacerbado pelo uso de mídia e atividades sociais. Em contrapartida necessitam acordar cedo para cumprir com o horário matinal das escolas o que acarreta um desafio temporal, que pode variar em função do cronotipo. Além disso, diferenças no padrão do ciclo sono-vigília são observadas com relação ao gênero. Estratégias comportamentais tais como a exposição à luz, prática de exercício físico e programas de educação sobre o sono são utilizadas com o intuito de diminuir a privação e a irregularidade nos horários de sono, e melhorar a qualidade de sono. Neste sentido, o objetivo principal deste estudo é avaliar o efeito do horário de início e fim do trabalho, do gênero e de um programa de educação sobre o sono nos hábitos e qualidade de sono, na sonolência diurna, e no nível de estresse em professores da educação básica. Para isso os professores responderam aos questionários que avaliavam os hábitos de sono (A Saúde & Sono), o cronotipo (Matutinidade-Vespertinidade de Horne & Ostberg), a sonolência diurna (Escala de Sonolência de Epworth), a qualidade de sono (Índice de qualidade do sono de Pittsburgh) o nível de estresse (Inverntário de Estresse para adultos de LIPP) e o padrão diário do CSV (Diário do sono). O preenchimento dos questionários (1, 4, 5 e 6) foram repetidos 3 semanas após a realização do programa de educação sobre o sono, que foi elaborado utilizando como referencial pedagógico a teoria de aprendizagem significativa. Os professores que iniciam as aulas em torno das 7:00 h acordam mais cedo e são mais frequentemente classificados com qualidade ruim de sono comparado aos que iniciam à tarde. Contudo, o desafio temporal de enfrentar o horário matinal da escola é maior para os professores com cronotipo intermediário e vespertino. Visto que, são mais irregulares nos horários de acordar em relação aos matutinos e aumentam a duração do sono no fim de semana. Por outro lado, trabalhar apenas à tarde parece proporcionar melhores condições de sono e vigília para o professor, que mantêm a mesma duração do sono na semana e no fim de semana, e são menos diagnosticados com sonolência diurna e qualidade ruim de sono. Os professores que passaram pelo programa de educação sobre o sono aumentaram o conhecimento sobre o assunto, diminuíram a prática de hábitos inadequados próximo ao horário de dormir, foram mais classificados com boa qualidade de sono e apresentaram uma tendência a dormir mais cedo, o que não ocorreu no grupo controle. Portanto, a discussão do horário de início das escolas originalmente levantada para adolescentes, precisa ser ampliada para professores contribuindo com a melhora nos hábitos de sono e consequentemente na qualidade de vida no ambiente escolar. Além disso, os resultados positivos obtidos com a utilização do programa de educação favorecem para que este tipo de estratégia continue fazendo parte do âmbito escolar, de forma que possa contribuir com o bem-estar de alunos e professores, assim como, colaborar para a capacitação do docente para que possa ser multiplicador do conhecimento.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1216466 - JOHN FONTENELE ARAUJO
Externo ao Programa - 350635 - TANIA FERNANDES CAMPOS
Notícia cadastrada em: 10/10/2013 13:03
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