Banca de DEFESA: ALESSANDRA DANIELE DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALESSANDRA DANIELE DA SILVA
DATA: 29/02/2016
HORA: 09:00
LOCAL: SALA DO CONSEC/CCS
TÍTULO:

Avaliação estrutural e multifuncional das Stigmurinas I e II presentes na peçonha do escorpião Tityus stigmurus


PALAVRAS-CHAVES:

Tityus stigmurus. Peptídeos antimicrobianos. Avaliação estrutural. Sepse. Antiproliferativo


PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

A resistência a antibióticos convencionais e o declínio no desenvolvimento de novos fármacos constitui um sério problema de saúde pública, motivando a busca por novas alternativas terapêuticas. A sepse consiste em uma síndrome complexa com elevada mortalidade mundial, sendo observado um aumento de infecções causadas por microrganismos multirresistentes nos últimos anos. Nesse contexto, biomoléculas extraídas a partir de diferentes espécies de animais, entre elas, peptídeos sem pontes dissulfelto com ação multifuncional, tem sido alvo de pesquisas devido ao potencial uso como agentes anti-infecciosos e imunomoduladores. Stigmurinas I e II, peptídeos sem pontes dissulfeto, identificados previamente em estudos de transcriptoma da glândula de peçonha do escorpião Tityus stigmurus, tem demonstrado ação antibiótica e antiproliferativa in vitro. Neste estudo foi avaliada a estrutura secundária, estabilidade térmica e em diferentes condições de pH, e o potencial efeito imunomodulador e antimicrobiano das Stigmurinas I e II na sepse polimicrobiana em camundongos. A análise de dicroísmo circular demonstrou que ambos os peptídeos apresentam estabilidade a variações de temperatura e pH, sendo observada alterações estruturais dependentes do ambiente para a Stigmurina II. Ambos os peptídeos apresentaram atividade citotóxica sobre as células HepG2, com aumento na viabilidade celular de macrófagos murinos após o tratamento com a Stigmurina II, sugerindo a atividade imunomoduladora do peptídeo. Stigmurinas I e II foram capazes de reduzir a migração leucocitária, o número de microrganismos viáveis e os níveis de TNF-α no exsudado peritoneal de camundongos com sepse induzida por ligadura e perfuração cecal (CLP), reduzindo a inflamação no ceco e pulmão, conforme observado em análise histopatológica. Stigmurina II, mas não a Stigmurina I, reduziu a liberação de óxido nítrico no lavado peritoneal, sugerindo possível diferença no mecanismo de ação destes peptídeos bioativos. Ambos os peptídeos apresentaram ação antimicrobiana sobre microrganismos presentes na microbiota fecal de camundongos. Tomados em conjunto, estes dados indicam que as Stigmurinas I e II possuem potencial aplicação terapêutica, demonstrando eficiência no controle do foco infeccioso, bem como poderão ser utilizados como protótipos para o desenho racional de novos agentes terapêuticos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ENÉAS DE CARVALHO - IB/SP
Presidente - 1544647 - MATHEUS DE FREITAS FERNANDES PEDROSA
Externo ao Programa - 2329140 - RAIMUNDO FERNANDES DE ARAUJO JUNIOR
Notícia cadastrada em: 16/02/2016 14:59
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