Banca de DEFESA: MANOILLY DANTAS DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MANOILLY DANTAS DE OLIVEIRA
DATA : 30/11/2020
HORA: 09:00
LOCAL: http://meet.google.com/ams-xuku-aog
TÍTULO:

As vozes das crianças sobre o livro de literatura infantil com temática indígena: entre o verbal e o visual


PALAVRAS-CHAVES:

Literatura infantil. Temática indígena. Projeto gráfico. Formação de leitores.


PÁGINAS: 190
RESUMO:

Este trabalho dissertativo, intitulado “As vozes das crianças sobre o livro de literatura infantil com temática indígena: entre o verbal e o visual”, tem como objetivo investigar as possíveis contribuições do livro de literatura infantil com temática indígena na formação de leitores escolares. Os objetivos específicos são: investigar livros de literatura infantil com temática indígena e seu projeto gráfico; conhecer as respostas das crianças ao livro de literatura infantil com temática indígena; identificar o horizonte de expectativas sobre o indígena antes e depois das sessões de leitura. Entende-se por livros de literatura infantil com temática indígena as obras literárias que tematizam sobre aspectos das histórias e culturas dos povos indígenas do Brasil. Incluem-se as produções indígenas, que são aquelas de autoria indígena, e as indigenistas, livros escritos por pessoas não indígenas. Defende-se a presença dos livros de literatura infantil com temática indígena na escola como um caminho para discutir a temática indígena de forma atualizada, colaborando com a implementação da Lei nº 11.645, de 10 março de 2008, que estabelece como obrigatório o estudo da temática indígena nas instituições de ensino. Tomouse como referencial teórico os estudos de Freire (2011), Martins (2006) e Smith (1989), para refletir sobre leitura; Amarilha (2009), Coelho (2000), Culler (1999), Compagnon (2009), Jauss (2002) e Zilberman (1989), sobre a literatura e a estética da recepção; Hendel (2006), Moraes (2008), Dondis (2015) e Lins (2003), sobre ilustração e projeto gráfico; Bonin (2009, 2008), Graúna (2013), Thiel (2012) sobre a literatura com temática indígena. Realizou-se uma pesquisa qualitativa com intervenção pedagógica. As sessões de leitura aconteceram em uma escola pública da Zona Norte de Natal/RN, Brasil. Compõem o corpus literário as obras: A boca da noite (2016), de Cristino Wapichana e ilustrações de Graça Lima; A mulher que virou urutau (2011), de Olívio Jekupé e Maria Kerexu, ilustrado por Taísa Borges; Cobra-grande: histórias da Amazônia (2008), de Sean Taylor e ilustrações de Fernando Vilela; Histórias de índio (2016), escrito por Daniel Munduruku e ilustrado por Laurabeatriz; e Meu vô Apolinário: um mergulho no rio da minha memória (2005), de Daniel Munduruku e ilustrações de Rogério Borges. Participaram das nove sessões de leitura 25 sujeitos, com faixa etária entre 10 e 13 anos, de uma turma de quinto ano do ensino fundamental. As sessões foram organizadas de acordo com a metodologia de andaimagem (GRAVES; GRAVES, 1995), em que se buscou ler as obras de literatura com temática indígena considerando texto verbal e os componentes do projeto gráfico tais como a capa, os paratextos, a tipografia e as ilustrações. Para a coleta de dados, recorreu-se à observação participante, ao diário de campo, às gravações das sessões de leitura em vídeo e às entrevistas semiestruturadas com os sujeitos, gravadas em áudio. Os resultados do estudo apontam que, para ler as obras de literatura infantil com temática indígena, é necessário considerar o texto literário e o projeto gráfico do livro, uma vez que os componentes do projeto gráfico contribuem para a compreensão da obra. A investigação também evidenciou que a leitura desses livros pode promover a reflexão sobre estereótipos, bem como o conhecimento da cultura de diferentes povos indígenas brasileiros. Os sujeitos da pesquisa desconheciam essas produções, o que revela a presença incipiente dessas obras na sala de aula. A investigação reafirma a importância da literatura infantil com temática indígena para o maior conhecimento das culturas indígenas e, também, a importância de considerar a linguagem verbal, visual e plástica na leitura dessas obras.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1801922 - ALESSANDRA CARDOZO DE FREITAS
Interno - 1645961 - ALLYSON CARVALHO DE ARAUJO
Externa à Instituição - CASSIA DE FATIMA MATOS DOS SANTOS - IFRN
Presidente - 107.909.261-72 - MARLY AMARILHA - UFRN
Externo à Instituição - Sergio Fabiano Annibal - UNESP
Notícia cadastrada em: 18/11/2020 10:25
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