JOVENS ESTUDANTES EM PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO NA TRAVESSIA PELO ENSINO SUPERIOR
Condição juvenil. Condição estudantil. Socialização acadêmica. Ensino Superior no Brasil.
O trabalho tem por objetivo geral analisar a relação entre ser jovem (condição juvenil) e ser graduando (condição estudantil) a partir das vivências de jovens estudantes do IFRN-Campus Ipanguaçu. O aporte teórico atrela-se à sociologia da educação e sociologia da juventude. O estudo está fundamentado epistemologicamente no “olhar” fenomenológico, com embasamento na etnometodologia. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa, cujo trabalho de campo se concretizou com técnicas e instrumentos variados que proporcionaram um arranjo flexível entre a observação, a aplicação de questionários, as entrevistas individuais, as fotografias e os depoimentos, inclusive via redes sociais. Partindo do entendimento de que a condição juvenil se entrelaça a outros contextos de vida do jovem – aqui em relevo a condição de ser estudante acadêmico –, algumas categorias foram delineadas para aprofundamento, a saber: a temporalidade; a linguagem; a espacialidade; e a afetividade. As discussões dessas categorias, articulando teoria e empiria, possibilitaram-nos avançar na explicação da proposta de tese, que defende que o acesso ao Ensino Superior proporciona vivências aos jovens estudantes que provocam/produzem variados movimentos de transformações nas dimensões da condição juvenil e estudantil, constituindo um novo processo estruturante, uma nova centralidade na vida dos sujeitos. Assim, tendo como um dos pressupostos que a condição estudantil é uma das faces da condição juvenil, e que ambas se interpenetram, buscamos a compreensão multifatorial dos sentidos e significados voltados à condição do jovem estudante, cuja vivência acadêmica se constrói no IFRN, em um Campus do interior, o que se mostra como um dos caminhos possíveis para o desvelamento do novo público e da nova realidade do Ensino Superior no Brasil.